Sejamos civilizados!

As afirmações feitas pela Presidente Dilma durante entrevista concedida à Renata Fan na Band ontem terça (03), à noite, não soou muito bem. A parcela de brasileiros que repete visceralmente os "estrondosos gastos" com a Copa do Mundo, e que torcem para que o evento mundial sejam um fiasco, avaliam negativamente as afirmações da presidente. 

Particularmente, as informações de Dilma me deixaram triste. O Brasil, considerado o berço do futebol, vai sediar a Copa do Mundo sobre um "barril de pólvora".  Segundo o anúncio da presidente, o Exército com seus tanques de guerra sairá às ruas para conter possíveis "quebra-quebra"  e qualquer protesto com violência será contido a qualquer custo. 

O maior evento do futebol mundial chega à Pátria Mãe, sob um arsenal de guerra com estopins armados em todos os cantos. Qualquer vacilo será a chama para uma explosão anunciada. Tomo como exemplo o amistoso entre a seleção "canarinho" e o Panamá. No começo, quando as jogadas da equipe brasileira não agradaram os torcedores, surgiram vaias. Depois, quando os gols surgiram, os aplausos tomaram conta do estádio. É a força da massa que dá o tom e contra a organização popular, seja onde for, não há reação contrária que vença.

Vamos torcer para que os brasileiros sejam sensatos, entrem em campo para apoiar a selação brasileira. Para que não transformem ruas e praças em campos de guerra. Que a briga seja lá, nos estádios, entre os times que se confrontam. Que os interesses políticos partidários não se contraponham à festa de congraçamento entre os países competidores, entre os torcedores que se juntam derrubando fronteiras limítrofes. 

Não osu contra  manifestações, muito pelo contrário. Já organizei e participei de inúmeras delas. Quem não está contente com situações, no caso, com a política do país, tem protestar mesmo, mas que consolide essa insatisfação nas urnas. Não organizando e depredando, em muitas  vezes, um patrimônio que também é seu. É preciso estar consciente disso, assim como, ter a consciência de o voto muda uma situação.

Nesta Copa vamos torcer, principalmente, para que as medidas preventivas anunciadas pela presidente Dilma não precisem ser colocadas em ação. E que os tanques de guerra fiquem à margem, como detalhes num cenário onde as explosões sejam de alegria.