22/08/2023

Sem amarras!

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Não faz mal que seja lugar comum, e como sou fã da sabedoria popular lá vai: “a esperança nunca morre” e o brasileiro que o diga. Aliás, somos movidos por esperança, por sonhos que podem, ou não, se tornar realidade. Mas o fato é que acreditamos mesmo ao ponto de sermos taxados de acomodados ou comodistas, não sei bem.  O fato é que continuamos  apaixonados pelo futebol. Carnaval então, nem se fala. Querem um exemplo? Enquanto o país se degladia entre a situação governista e a oposição que desperta nos berços da direita, e muitos aplaudem e faze o estilo “quanto pior, melhor”, o brasileiro comum faz piada da própria desgraça. Basta ver quais são as figuras políticas transformadas em máscaras carnavalescas que vão ganhar vida nos corpos de muita gente. Graça Foster, a ex-Petrobrás é uma das mais disputadas. Só perderia para o Cerveró, também ex-Petrobras. Mas ele não entendeu o espírito de humor do povo e impediu judicialmente que seu rosto fosse transformado em fantasia carnavalesca.  E nesse cenário que se aproxima e que movimenta milhões, sem se preocupar com crise financeira, o ex-presidente Lula continua em alta.

Quanto a mim, confesso, já fui mais dada às festas momescas. Hoje prefiro o aconchego do meu chão sagrado, me “vestindo” de todas as fantasias para  dar vazão a alegria e aos desejos do Lorenzo, da Sophia, do Leon, e quando estou próxima, do Thales.  São personagens leves que passeiam entre heróis e vilões de um mundo encantado. Só não passo perto daqueles que me aprisionam, que atam as minhas mãos, que calam a minha voz. Ou melhor, que tentam. Porque a minha liberdade, seja em que sentido for, ah! essa ninguém, mas ninguém mesmo consegue reprimir. E assim vou seguindo, trabalhando, escrevendo, relatando fatos, analisando conjunturas, “matando leões por dia”. Não quero a máscara da Graça Foster, da Dilma, do Lula, e nem de outro qualquer. Quero seguir a minha vida profissional, do que jeito que sou. Sem amarras, livre, leve, solta, entre pierrôs e colombinas, entre confetes e serpentinas. Máscara? Ah! … naquela máscara negra que esconde o seu rosto….. eu quero mesmo é matar a saudade. Afinal, a esperança não é a última que morre?

Cristina Esteche

Jornalista

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