A bancada do PMDB no Paraná ainda não decidiu qual será a postura nas eleições de outubro, com a aprovação da candidatura do senador Roberto Requião ao Governo do Paraná. Onze dos 13 deputados estaduais queriam a coligação com o PSDB de Beto Richa, mas a coligação tomou rumo.
Ainda “amortecidos” com o baque das urnas, a bancada não teve tempo para a caça às bruxas em busca de quem são os traidores, já que a maioria, até o último momento antes do veredito dava como certa a vitória pela coligação.
A preocupação maior é correr atrás de candidatos para compor a chapa para deputado. Hoje, segundo o peemedebista Artagão Junior, só existem 16. A previsão é de que nessa situação, o PMDB eleja entre seis a sete deputados reduzindo drasticamente a bancada, hoje com 13. “Vamos atrás do Marcelo Almeida que teria 29 candidatos”, disse Artagão Junior a este blog. Marcelo é o candidato ao Senado na chapa requianista.
Ontem Requião anunciou pelas redes sociais o lançamento do seu filho, Requião Filho à Assembleia. Isso soa como uma provocação aos deputados que foram contrários à candidatura própria.
Se o deputado Luiz Carlos Romanelli declarou ontem à imprensa que apenas trabalharia para si mesmo, quando questionado se faria campanha para Requião, outros parlamentares do PMDB acreditam que essa foi uma declaração de quem não deseja falar a respeito. Já fontes ligadas a outro peemedebista diz que a tendência vai ser todos se unirem em torno de Requião, embora ainda não tenha acontecido nenhum contato entre os dissidentes e o candidato. “Houve um aceno de que o Requião quer conversar conosco, mas nada foi confirmado”, afirmou Artagão Junior. A julgar pelas informações de bastidores a maioria vai compor a caravana requianista.