22/08/2023

Sem reforma não dá!

Na reta final das eleições deste ano, em especial, neste segundo turno para a presidência da República, é possível ver que o país está dividido. De um lado, a classe produtora – como se autodenominam os empresários -, buscando o que entendem ser um novo rumo para o país; de outro, a classe média emergente alavancada pelos benefícios concedidos pelo governo como forma de distribuir a renda até então concentrada nas mãos de uma minoria.

Na defesa de cada interesse, a  cada segundo a guerra eleitoral se acirra e ganha volume nestes últimos dias de campanha. Ataques verbais, denúncias de corrupção que são liberadas a conta gotas como forma de envolver o eleitor, são as marcas de um momento democrático de vital importância para o Brasil e, principalmente, para os brasileiros. Um duelo que é “sorvido” pelos olhares atentos do restante do mundo.

Embora tenha me apegado ao momento atual, as eleições deste ano como todo, serve para rever muitas coisas. Aliás, são questões que estamos cansados de saber e a principal delas é que o descrédito que envolve a classe política. O grito começou a ser dado quando a população foi às ruas, e continuou  com o resultado nas urnas. Um feedback para muitos gestores pararem, refletirem e, principalmente, perceberem que mudanças precisam serem realizadas e com urgência. Mudanças na estrutura administrativa, porém, não bastam. Aliás, não servem nem para o começo. É preciso mudança de postura. Alteração que deve começar pelo Congresso Nacional com a reforma política, mas que urge ser desencadeada por uma ação popular. Ou alguém ainda acredita que os deputados vão votar contra os seus próprios interesses? O movimento já foi iniciado pela sociedade brasileira com uma espécie de plebiscito informal sobre uma possível Constituinte.  Essa reforma tem que acontecer e o povo tem que se mobilizar cada vez mais. Nunca a democracia participativa foi tão importante para o Brasil, independente do resultado das eleições deste domingo.

 

Cristina Esteche

Jornalista

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