22/08/2023
Educação Guarapuava

Semáforo na ‘Rótula do Cavalo’ pode gerar mais fila, mostra estudo

Estudo científico feito pelo ex-aluno da Faculdade Guarapuava, Gustavo Henrique Pedrosa, aponta 'gargalo' gerado pela rótula

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Estudo sobre a rótula teve orientação do professor Luis Fernando Sequinel (Foto: Divulgação/FG)

Um trabalho de conclusão de curso na Faculdade Guarapuava mostra a preocupação com a mobilidade urbana. De acordo com o professor Luis Fernando Sequinel, das disciplinas da área de transportes do curso de Engenharia Civil, o planejamento de transportes, é uma área de grande impacto no cotidiano da população urbana.

Engenheiro Civil com mestrado em Geotecnia e Transportes e diretor de Planejamento e Administração da UTFPR Guarapuava, Sequinel é autoridade no assunto. Conforme o especialista, o crescimento desordenado das cidades, gera congestionamentos, principalmente nos horários de pico.

Rótula na Avenida Manoel Ribas é problema em horários de pico (Foto: Divulgação/FG)

“Aqui em Guarapuava temos o exemplo clássico da ‘rotatória do cavalo’, que frequentemente gera reclamações da população nos horários de pico. Nesse sentido, já desenvolvemos na Faculdade Guarapuava um trabalho de conclusão de curso”. De acordo com o professor, a ‘Análise de capacidade e nível de serviço de interseções de via urbanas’, tem a autoria do ex-aluno Gustavo Henrique Pedrosa.

Publicado no Encontro Nacional de Tecnologia do Ambiente Construído (ENTAC) 2020, dentre outras, houve a análise da capacidade da ‘Rotatória do Cavalo’. “A conclusão foi de que para os parâmetros normatizados, os níveis encontrados eram aceitáveis.

Assim, uma intervenção sem o estudo técnico prévio, como a instalação de um semáforo, por exemplo poderia gerar ainda mais filas.

De acordo com o professor, nas disciplinas de transportes, ele orienta os alunos que o planejador do transporte público precisa buscar as soluções mais eficientes.

“Quando se tenta resolver um problema de congestionamento ampliando a infraestrutura, isso apenas gera mais incentivo para as pessoas utilizarem o transporte individual motorizado (carros) causando mais impactos ambientais. Além de logo o problema do congestionamento retornar”.

Assim, segundo o professor, o primeiro passo deve ser sempre a identificação da razão desse número excessivo de viagens e tentar intervenções no sentido de ampliar o uso de transportes mais eficientes. Ou seja, o transporte público, bicicletas ou até mesmo como pedestres.

O ex-aluno Gustavo Henrique Pedrosa (Foto: Divulgação/FG)

Conforme Pedrosa, durante a graduação foram abordados diversos assuntos relacionados a engenharia de forma muito edificante para a vida profissional. “Como forma de aplicar um pouco do conhecimento fizemos um estudo de tráfego na nossa cidade”.

O estudo tratou sobre as interseções das ruas. “Foi muito gratificante, pois é uma grande realização colocar nosso conhecimento em prática, ainda mais quando este estudo tem como base o local em que vivemos. E sobre um assunto com tanto impacto em nosso cotidiano como a mobilidade urbana”.

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Cristina Esteche

Jornalista

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