22/08/2023
Economia

Seminário debate exploração de gás natural no Paraná

O Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBQP), em parceria com a Companhia Paranaense de Gás – Compagas, realizou o 1.º Seminário Perspectivas para a infraestrutura e desenvolvimento do Paraná, na quarta-feira (11). O encontro foi uma continuidade dos temas debatidos durante a 12.ª Rodada sobre Gás Convencional e Não Convencional, da ANP. Dentre os participantes estiveram representantes da Compagas, da Copel e da Petra Energia.

Para o diretor-presidente da Compagas, Luciano Pizzatto, o gás natural representa um elemento estratégico, principalmente para a indústria. “A Compagas tem visão de desenvolvimento social e também visa ao lucro dentro de um cenário de desenvolvimento do Estado e dos municípios”, disse, durante sua explanação no evento do IBQP. A Compagas distribui 1.021 mil metros cúbicos ao dia, mas seu mercado em potencial pode chegar a 11.392 mil metros cúbicos dia até 2019.

A Copel acionista majoritária da Compagas, com 51% das ações da empresa de economia mista, arrematou no fim de novembro quatro blocos da Bacia do Paraná, leiloados pelo governo federal. A empresa adquiriu a concessão para explorar gás em quase 12 mil quilômetros quadrados. A Copel tem 30% do consórcio vencedor, que será operado pela Petra Energia (30%), empresa que já explora gás em outras bacias. Os outros sócios são o grupo de investidores paranaenses Bayar Empreendimentos (30%) e a empresa de engenharia Tucumann (10%), de Curitiba.

O assistente da diretoria de Desenvolvimento e Negócios da Copel, José Marques Filho, explicou que a visão estratégica da empresa está alinhada com a Compagas e com o desenvolvimento do Estado. Para o diretor executivo da Petra, Winston Fritsch, existe uma simbiose perfeita entre as duas empresas. 

“Apostamos na área terrestre, tanto que somos a maior detentora de área terrestre no Brasil com mais de 110 mil quilômetros quadrados em áreas de concessão”, disse Fritsch. Presente em oito estados brasileiros, a Petra é responsável pela exploração da Bacia do Paraíba, no Maranhão, a qual é muito parecida com a Bacia do Paraná.

As empresas vencedoras do consórcio devem iniciar a busca pelo gás assim que os contratos de concessão forem assinados, no início de 2014. Para fazer a exploração, terão de obter licença do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e negociar direito de passagem e uso com os donos das áreas. Caso as concessionárias descubram reservas comerciais e comecem a produzir gás, terão de destinar 1% do faturamento bruto aos proprietários das terras.

Cristina Esteche

Jornalista

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