‘Ser pai é uma caixa que preenchemos por momentos’, diz Pontarolo

Carlos Eduardo Pontarolo e a sua família em encontro com o seu pai (Foto enviado por Carlos Eduardo Pontarolo)

Carlos Eduardo Pontarolo conheceu o pai, Delsemir Becchi, aos 16 anos de idade. Foi um único contato. Porém, um novo reencontro aconteceria justamente 16 anos depois. Assim, já casado, com dois filhos, Carlos Eduardo disse que agora entende o que é ser pai. Por isso,  a aproximação como seu pai está cada vez maior.

O AMOR SUPERA QUALQUER BARREIRA

“Eu conheci meu pai com 16 anos. Foi a primeira vez que o vi na vida. Depois só voltei a vê-lo com 32 anos. Hoje estou com 33 anos e estamos nos conhecendo cada vez mais. Falei para ele que ser pai é uma caixa que preenchemos por momentos. Disse também que a cada dia me sinto mais próximo e com pai em vida.

Essa ausência dele foi porque ele e minha mãe tiveram um relacionamento. Foram namorados e ela acabou engravidando. Porém, o que sei é que meu avô havia dito que com aquela circunstâncias deveriam casa. Entretanto, meu pai acabou saindo da cidade.

Assim, minha mãe conheceu outra pessoa e acabou se casando. Tempo depois, meu pai voltou à cidade e visitou minha mãe. Porém, a realidade era outra. Tempo depois minha mãe se divorciou e sozinha criou eu e meu irmão. Nunca mais casou.

Encontro de família (Foto enviada por Carlos Eduardo Pontarolo)

Então aos meus 16 anos, ela teve informações e conseguiu o contato do meu pai. Ele, por sua vez, veio me conhecer. Eu tinha 16 anos e esse foi o nosso primeiro contato.

Como não tive uma presença paterna durante a vida confesso que foi estranho. No entanto, a distância era um fator que dificultava a nossa aproximação. Meu pai mora em Palmas [Tocantins]. E como laço entre pai e filho se constrói,  demorou para criarmos um vínculo afetivo. Porém, se depois dessa primeira vez, se passaram mais 16 anos. Agora sim, eu com dois  filhos, agora entendo como é ser pai. Por isso, estamos cada dia mais próximos. Mas ainda vai levar um tempo”.