O vereador Alessandro Jorge Oreiko, o Sidão (DEM), volta ao centro das notícias policiais em Guarapuava. De acordo com o Boletim de Ocorrência 388031, da Polícia Civil, ele é acusado de ‘rachar’ salário com uma servidora. Conforme denúncia feita pela servidora, ela exerce um cargo comissionado na Fundação Proteger. Começou em 9 de fevereiro de 2021. Esse cargo, segundo a vítima, teve a indicação do vereador.
Entretanto, desde o primeiro salário recebido, ela conta que as extorsões de Sidão oscilam entre valores convertidos em cestas básicas; valores em espécies depositados em conta bancária de um irmão. Além de ovos de chocolate em tempo de Páscoa e até o 13º salário na integralidade. “Os valores exigidos são de R$ 120 e R$ 150. Na Páscoa, Dia das Crianças tem que ajudar com doces, comida para que ele [Sidão] fizesse doações para crianças carentes”.
O vereador se tornou popular por usar fantasias de super-heróis e presentar crianças em datas festivas. Além de distribuir cestas básicas às famílias de baixo poder aquisitivo. Ele sempre usou uma bicicleta como meio de transporte, até se tornar vereador.
DINHEIRO NA CONTA DO IRMÃO
Todavia, conforme a denúncia, em junho de 2021 Sidão começou a cobrar R$ 200 por mês. Esse valor a vítima deposita mensalmente na conta bancária de Claurence Oreiko, irmão do vereador. Ainda, segundo a servidora, em dezembro ele queria o repassasse integral do 13º salário.
De acordo com o BO, como a vítima deixou de depositar o valor porque o marido está desempregado, começou a receber ameaças. Ela disse à polícia que Sidão exige que ela peça exoneração. O vereador alega que o cargo pertence a ele e que iria repassar à esposa dele. A denunciante assegura que recebe até ameaças de morte. O Portal RSN tentou falar com o vereador, mas ele não atendeu e nem retornou as ligações.
Esta, no entanto, não é a primeira vez que o vereador Sidão Oreiko se vê às voltas com a polícia. Em dezembro de 2021, o vereador denunciou a extorsão de mãe e filha contra ele. A extorsão tinha como origem mensagens, fotos e captura de tela de um vídeo trocado entre a filha, de 19 anos e ele. O material, conforme a polícia, era composto por fotos, textos e vídeos com cunho sexual.
RACHA
O ‘racha’ entre vereadores e assessores já penalizou o ex-presidente da Câmara Ademir Strechar. Flagrado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), em outubro de 2011, ele ‘rachava’ salário com um dos assessores. Outros cinco vereadores e 19 servidores também foram investigados na Operação Fantasma, pelo mesmo motivo.
Entretanto, apenas Strechar foi condenado, também por outras irregularidades. Ele cumpre prisão na Penitenciária Industrial de Guarapuava (PIG).
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