22/08/2023
Educação

SESMT realiza simulado de abandono no Colégio Imperatriz

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Era apenas uma simulação, mas lembrou cenas de filme. Quando a sirene soou no Colégio Imperatriz, as portas das salas de aula se abriram, uma a uma. Alunos enfileiraram-se, sem alarde, com o auxílio de professores. Todos os colaboradores apareceram e se posicionaram nos corredores, prontos para ajudar. O simulado integra o plano de abandono de área, que objetiva adequar o Colégio Imperatriz junto às normas do certificado de segurança OHSAS 18001.

Organizado pela equipe do SESMT (Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho), o procedimento simula situação de risco e organiza uma evacuação segura e sem alardes de todas as pessoas do prédio.

O primeiro alarme, em ritmo intermitente, soou às 9h15. Indicava que os alunos deveriam se preparar para um possível abandono. Após cerca de um minuto, iniciou-se o alarme contínuo, mais alto, a partir do qual todos deveriam deixar as dependências do prédio pelas saídas de emergência predefinidas. Em menos de cinco minutos, desde o primeiro sinal, todos aglomeravam-se em três pontos determinados no pátio do colégio, denominados "pontos de agrupamento".

A organização e a tranqüilidade do simulado lembrou o conhecido filme, "Um tira no jardim de infância", de 1990, com Arnold Schwarzenegger. "Tudo transcorreu conforme esperado: a saída ordenada dos alunos, a condução dos professores e o direcionamento dos funcionários", observou o técnico em segurança do SESMT, Michel Lucas de Lima. "O abandono, a partir do alarme contínuo, demorou cerca de 2min45", completou o técnico em seguraça do SESMT, Jakson Mauro Schimanski.

Apesar de ainda não se encontrar no escopo da certificação da OHSAS, o Colégio Imperatriz se adiantou para atender às normas e realizou as adequações necessárias, explicou a trainee de processos do SESMT, Fernanda Cardoso. "Foram feitas saídas de emergências, central do alarme, sinalização em todo o colégio, placas de agrupamentos e treinamentos teóricos e práticos".

De acordo com a Assessoria de Imprensa da Agrária, a partir do simulado, o SESMT pretende observar a reação, especialmente das crianças e adolescentes, em momentos de risco, tais como incêndio, vendaval, destelhamento, chuva de pedra, ameaça de bomba ou fogo. "Quando toca o alarme geral, eles saem em fila, sem correr e sem gritaria. Em situação real, se tiver uma pessoa em emergência e ela pedir ajuda, ninguém iria escutar, em função do alarme e da gritaria", observou Fernanda.

Ao todo, o SESMT planejou quatro treinamentos. O primeiro foi teórico para professores, colaboradores e alunos, estes separados em grupos, por faixa etária. O simulado de sexta-feira foi o segundo passo, no qual o dia e a hora do evento foram informados. No próximo, será divulgado somente o dia do teste. E na quarta etapa, o procedimento ocorrerá de surpresa. "Queremos observar o comportamento de todos, sem que saibam se a situação é real ou apenas um simulado". De acordo com a assessoria da Agrária, o simulado foi realizado na sexta-feira (10).

O diretor do Colégio Imperatriz, Luciano Egewarth, observou que se trata de um "procedimento de segurança importante, pois trabalhamos com um contingente grande de pessoas". Para o diretor, é preciso observar que, sem treinamento adequado, crianças e adolescentes não saberiam reagir da forma esperada em situação extrema. "É um projeto importante para preservar essas vidas tão valiosas que nos são confiadas", ressaltou.

Cristina Esteche

Jornalista

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