Em Guarapuava, o sistema de bandeiramento gerou questionamentos no último sábado (20) ao marcar oito pontos na matriz de risco. Mesmo com o baixo número de casos ativos, o índice de bandeiramento mostrou que o município estava prestes a chegar na cor laranja. De acordo com o Secretário de Saúde, Jonilson Pires, apesar do avanço na matriz, a situação epidemiológica é de baixo risco. Ainda conforme o secretário, para mudar esse cenário seria necessário que a ocupação dos leitos e a taxa de retransmissão subissem, o que ainda está longe de acontecer.
Quando foi feita a opção pela utilização da Matriz de Risco, sabíamos que a apuração era muito sensível. Então, além de ter um controle mais rigoroso, qualquer variação podia refletir nos números. Por isso, essa variação é natural. Mas não há perspectiva de mudança de bandeiramento nesse momento.
Desse modo, na última semana de boletins epidemiológicos, Guarapuava registrou duas mortes decorrentes da covid-19. Já na semana anterior a esta, a Secretaria não registrou nenhuma morte. Na prática, esse aumento representou quatro pontos na Matriz. Apesar de, comparativamente, o município estar com os índices mais baixos do ano, o número de casos também dobrou no período, correspondendo aos outros quatro pontos.
COMO É FEITO O CÁLCULO
Sendo assim, o avanço na matriz é um conjunto de fatores do combate a pandemia. Bem como, a capacidade de atendimento hospitalar do município, isto é, a taxa de ocupação dos leitos. Este cálculo é feito por meio da média móvel dos leitos ocupados pela média móvel dos leitos disponíveis.
Atualmente, conforme a Secretaria de Saúde, a taxa de ocupação de leitos no município está abaixo de 70%. Quando o cálculo resulta em um percentual menor que 70%, não há pontuação na Matriz. Se a taxa sobe, o índice reflete no cálculo.
Nessa segunda (22), segundo o relatório divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), dos 40 leitos de Unidade de terapia Intensiva (UTI) do Hospital Regional Bernardo Ribas Carli, apenas dois estavam ocupados.
Além disso, o segundo eixo da matriz de risco é o epidemiológico. Ele leva em consideração, a variação do número de casos e mortes dos últimos 14 dias, a taxa de positividade (exames positivos pelo número de exames feitos) e o percentual de retransmissão. Ou seja, a disseminação do vírus nos últimos 30 dias, que no momento, não está pontuando no índice.
Dessa maneira, quando a variação do número de casos e mortes é superior a 20%, a matriz sofre uma variável maior. Para fazer o cálculo, o número de casos e mortes da semana epidemiológica atual deve ser comparado com o número da antepenúltima semana.
SISTEMA DE BANDEIRAMENTO
Assim, desde junho, a Prefeitura passou a utilizar o sistema de bandeiramento para gerir as medidas de combate sanitário ao coronavírus. As cinco cores definem o comportamento epidemiológico do município. Por fim, o cálculo é feito pela Matriz de Risco, que tem dois eixos essenciais: assistencial e epidemiológico.
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