22/08/2023
Cotidiano

Sol demais pode causar câncer de pele

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Pinhão – Nos últimos dez anos houve um aumento significativo nos casos de câncer de pele e um dos motivos é a falta de conscientização da população quanto à exposição solar. Proteger a pele do sol é fundamental no ano inteiro e o cuidado deve ser redobrado no verão.
A principal preocupação não deve ser apenas em evitar a vermelhidão de ficar muito tempo exposto ao sol, mas também de evitar o acúmulo da radiação solar, que leva ao desenvolvimento de câncer de pele.
Flávia Moretto Pacheco (foto), médica clínica geral e especialista em medicina estética explicou que o câncer de pele tem inúmeras manifestações. “Pode ser uma ferida que não cicatriza, uma mancha que começa a coçar a sangrar ou doer, uma mancha que muda o aspecto, por exemplo, era clara e fica escura, ou muda de forma, ou uma lesão que aparece de repente. Devemos ficar atentos também às áreas não expostas ao sol, pois o câncer de pele aparece também devido a um machucado”, explicou ela.
A especialista afirma que é difícil identificar o câncer apenas pela mancha. “Nem sempre uma mancha que muda de aspecto é câncer. O melhor é sempre consultar o médico para tirar as dúvidas”, disse.
Proteger-se do sol, além de prevenir o câncer de pele, também impede o envelhecimento precoce e mantêm a pele bonita e jovem por mais tempo. “O sol pode acarretar o surgimento de espinhas, rugas (envelhecimento precoce), manchas solares, e também piora as manchas e cicatrizes já existentes”, orienta a médica.
Ela reforça que o uso do protetor solar é muito importante. “O FPS ajuda a barrar os raios UV, que são os raios cancerígenos, que alteram o DNA de nossas células dando inicio ao câncer de pele”, afirma. A médica alerta ainda que é preciso ter cuidados e saber usar o protetor de forma correta. “O protetor varia de acordo com cada pele. Pessoas de pele oleosa não devem usar protetores em creme pelo risco de aparecimento de acne, devem usar FPS em gel. Há também aquela gradação 30, 40, 50, 60,100. Devemos usar no mínimo o fator 30, que é o necessário para uma boa proteção. Os mais altos podem ser usados conforme a necessidade cada um, as pessoas mais brancas e de olhos claros devem usar filtros mais potentes”.
O mais importante é a aplicação e a reaplicação correta, cerca de 30 minutos a uma hora antes da exposição solar, e novamente a cada duas horas. Criou-se a falsa impressão de que usar o filtro permite uma exposição solar por mais tempo e pouco importa a reaplicação do produto. Isso acaba levando a incidência de queimaduras e, também, ao envelhecimento precoce da pele.
Cuidar das crianças e ensiná-las desde cedo, também é fundamental, pois já foi constatada menor incidência de câncer de pele em pessoas com menos exposição solar na infância. Flávia disse que as crianças devem usar protetor solar assim como os adultos. “Existem inclusive FPS de marcas excelentes em versões kids. Como nós, as crianças podem e devem pegar sol, mas somente antes das 10h e após as 16h, para que o metabolismo do cálcio não fique alterado e elas tenham ossos normais. Se forem a piscinas ou praias ou mesmo andar muito tempo sob o sol, é preciso aplicar o protetor meia hora antes de sair de casa e depois reaplicar de 2h em 2h. Importante também é hidratar as crianças”. Para Flávia o uso de barracas e sombrinhas barra parcialmente os raios, por isso é bom utilizar mais de uma forma de proteção.
Fonte:Fatos do Iguaçu

Cristina Esteche

Jornalista

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