O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não passará as festas de final de ano de forma isolada na Superintendência da Polícia Federal, onde está preso desde 7 de abril deste ano. A militância do Partido dos Trabalhadores (PT) prepara ceias de Natal e de Réveillon, que acontecerão em frente a PF, em Curitiba.
De acordo com o Partido, a solidariedade ao ex-presidente aumenta. Agora, uma moção assinada por 10 parlamentares britânicos pedindo a libertação do ex-presidente, destacando que ele era “o favorito para vencer a eleição presidencial até ser preso e impedido de participar de uma ação condenada pelo Comitê de Direitos Humanos da ONU”. A moção destaca ainda a atuação do juiz Sérgio Moro, “que realizou a investigação sobre Lula, aceitou, desde a eleição, a indicação de Bolsonaro para ser ministro da Justiça do Brasil”.
“A solidariedade ao ex-presidente Lula aumenta a cada dia e no mundo inteiro reconhecem a sua condição de preso político e vítima de uma perseguição política absurda por parte de alguns setores do Judiciário e do Ministério Público”, afirma o líder do PT na Câmara, deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) ao site PT na Câmara.
O documento também demonstra “preocupação” com o futuro governo Bolsonaro em função de “seu apoio à ex-ditadura no Brasil e seus comentários de que deveria ter matado dezenas de milhares de pessoas a mais”, além das “declarações a favor da tortura e das execuções extrajudiciais por parte da polícia”.
Os parlamentares concluem o texto expressando “apoio aos brasileiros que defendem a democracia, os direitos humanos e o progresso social”.
O documento é assinado por Jonathan Edwards, Kelvin Hopkins, Clive Lewis, Ian Mearns, Grahame Morris, Lloyd Russell-Moyle, Liz Saville Roberts, Dennis Skinner, Christopher Stephens e Chris Williamson. Os parlamentares são do Partido Trabalhista, do Partido do País de Gales e do Partido Nacional Escocês. Paralelamente, a campanha internacional para que o ex-presidente seja contemplado com o Prêmio Nobel da Paz em 2019 está sendo formalizada. Na semana passada o ativista argentino Adolfo Pérez Esquivel, que recebeu o prêmio em 1980, começou a reunir assinaturas. A ideia é que pessoas que se encaixam nos critérios exigidos pela organização assinem o formulário na página do Comitê Norueguês do Nobel, até 31 de janeiro de 2019. Esquivel e os outros apoiadores consideram Lula uma lutadora incansável contra a fome e a pobreza. Dziem também que o ex-presidente se transformou em um líder mundial pela pz e pela dignidade humana.