Ela nasceu e se criou no bairro Xarquinho em Guarapuava. No entanto, a menina de origem humilde tinha uma inquietude. E isso a levou a cursar biologia na Unicentro. No entanto, isso não bastava.
Assim, Daiane Priscila Simão se tornou mestra, doutora, pós-doutora e pesquisadora. Foi a primeira brasileira a estudar no Instituto Karolinska, o berço do Nobel de Medicina, em Estocolmo.
De acordo com a geneticista, desde pequena ela via, diariamente, a Van da Apae buscar alunos no bairro. Mas uma aluna, que era vizinha dela, chamava a atenção. “Eu via aquela menina que sofria de epilepsia cair em valeta. Via aquele carro com aquelas pessoas. E dizia à minha mãe que queria estudar medicina para ajudar os outros”.
No entanto, segundo Daiane, a mãe a desestimulava pela condição financeira da família. “Eu ouvia a minha dizer que éramos pobres e que não teríamos condição de pagar um curso de medicina”.
PESQUISA NA APAE
De acordo com Daiane, ela prestou vestibular para Biologia na Unicentro. “Ao fazer o curso descobri a genética e vi que tinha conexão com medicina”. Conforme a pós-doutora, ela se tornou bolsista e fez mestrado. Depois veio o doutorado em Genética pela Universidade Federal do Paraná.
O doutorado, entretanto, ocorreu em Bioética pela Pontifícia Universidade Católica (PUC). Já o pós-doutorado foi em Estocolmo, na Suécia, no Departamento de Neurobiologia. De volta ao Brasil, depois de trabalhar na PUC em Curitiba, surgiu a oportunidade de recuperar o desejo de criança.
Assim, a geneticista apresentou um projeto ao Instituto de Pesquisa do Câncer (IPEC), em Guarapuava. Hoje ela pesquisa diagnósticos das pessoas atendidas pela APAE. “Mas sou uma menina do Xarquinho”.
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