22/08/2023
Política

Strechar diz que na Câmara existem servidores que não trabalham

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O presidente da Câmara, Admir Strechar assumiu publicamente que existem servidores concursados que não trabalham e que por não saber mais fazer com quatro ou cinco funcionários está colocando à disposição do município. Strechar também colocou em xeque a competência de funcionários ao dizer que não sabe como passarram no concurso público que “não sabem fazer nada”. O último processo seletivo foi feito justamente numa das administrações de Strechar.

Disse ainda que teve que colocar filmadoras nas salas de funcionários porque “muitos não trabalhavam, iam fazer outras coisas em horário de serviço e que já encontrei servidora passeando em horário de expediente”, afirmou.

As declarações do presidente foram feitas na tribuna durante a sessão desta terça-feira (14). O pronunciamentro do vereador foi para tentar explicar aos servidores a desaprovação da reposição salarial de 13% ao quadro de servidores. O projeto de lei tinha sido aprovado por unanimidade em duas votações, mas na terceira e última acabou sendo rejeitado por 6 votos contra 2. Quatro vereadores estavam ausentes da sessão.

A votação, porem, pode ser anulada por erro da Mesa Executiva. A observação foi feita pelo lider da bancada Carlista, Elcio Melhem na sessão de hoje (14) dizendo que a matéria que deveria ser aprovada com maioria simples, foi colocada em votação com a exigência de maioria absoluta para que fosse aprovada.

Strechar teve que fazer “mea culpa” e voltou atrás acatando a sugestão de Melhem, mas disse que como “castigo” só colocará o pedido em discussão na próxima semana. Esta seria uma represália aos funcionários que trabalham na Câmara.

Por conta de tudo isso o clima nos corredores do Legislativo Municipal nesta terça-feira foi de tensão e os servidores acompanham a sessão.

Para tentar explicar o fato, Strechar disse que foi procurado por um grupo que pediu a reposição salarial. Strechar disse que verificou que era legal e a mesa executiva fez o projeto. Na primeira e segunda votação o projeto foi aprovado por unanimidade, mas na terceira e última que validaria o processo, a maioria voltou atrás e rejeitou a matéria.

“ Em vez de me procurar e ver se tinha algo errado ja vieram bravos”, disse Strechar referindo-se ao grupo de servidores da Camara.

A vereadora Eva Schran disse que entende a indignação dos servdiores e defendeu que a votação seja aberta para que a população possa conhecer a posição de cada vereador.

Cristina Esteche

Jornalista

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