A Região Sudoeste se uniu ao coro que vem sendo ‘orquestrado’ pela Assembleia Legislativa contra o novo modelo do pedágio no Paraná. Assim, a audiência promovida pela Frente Parlamentar nesta sexta (19), em Francisco Beltrão repetiu o refrão contra a proposta do governo federal.
De acordo com o presidente da Alep, que também presidiu a audiência, Ademar Traiano (PSDB), o que se quer são boas estradas. Além de obras que iniciem rapidamente, combinadas com tarifas condizentes. E avisou: “A Assembleia vai ter de aprovar esse novo modelo para que ele possa entrar em vigência”.
Traiano citou como exemplo a PR rodovia estadual PR-280, que pelo desenho do Governo Federal, terá uma praça de pedágio. “Lembro da nossa PR-280, importante corredor que liga a nossa região a todo o estado. E como é estadual, vai passar pela votação na Assembleia”. Conforme Traiano, o Sudoeste terá 140 km de rodovias pedagiadas. Esse trecho hoje não possui praças de pedágio.
Após debates e questionamentos, a Frente coordenada pelo deputado Arilson Chiorato (PT), recebeu a Carta do Sudoeste. A principal reivindicação é o preço baixo das tarifas, obras já nos primeiros anos de contrato, o aumento da taxa de desconto e o fim do degrau tarifário.
TRÊS NOVAS PRAÇAS
De acordo com o deputado Luiz Claudio Romanelli (PSB), é fundamental que o preço de pedágio possa ser pago pela população. “A gente sabe que o plano é que sejam instaladas praças de pedágio em regiões muito urbanas, com trânsito regional. E isso impacta na vida de todas as pessoas. Por isso não podemos ter uma tarifa de pedágio alta com o preço de comprometer todo o desenvolvimento da Região”. Entretanto, o parlamentar observa que concessão é para ter ganho de eficiência e redução de custos. “Todavia o modelo proposto pela União para o futuro leilão de rodovias no Paraná não segue esta lógica”.
Para a região Sudoeste do estado, nomeado como Lote 6, o modelo de pedágio prevê três novas praças de cobrança. Elas estarão nas regiões de Pato Branco, PR-280, com valor de R$ 8,06; Ampére, PR-182 com tarifa de R$ 8,62; e Lindoeste, BR-163 com tarifa de R$ 11,46. Ao todo, segundo o modelo apresentado, serão R$ 30 bilhões de receitas em 30 anos de contrato, sendo que R$ 8,4 bilhões para investimentos e R$ 6,6 bilhões destinados para a operação. A proposta do Governo Federal prevê execução de duplicações e obras a partir entre o 3º e o 9º ano de contrato.
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