Uma ação integrada de forças estaduais e federais prendeu um suspeito de homicídio e estupros em Pato Branco. De acordo com a Agência Estadual de Notícias (AEN), a captura ocorreu em uma área de mata do município após três meses de investigação e três dias de buscas na Região.
O homem matou um servidor público de 32 anos com um tiro na cabeça. Ele morreu ao tentar proteger a namorada de ser estuprada. Além desse crime, os investigadores suspeitam que o capturado tenha cometido dois estupros, também em Pato Branco, em abril e maio deste ano.
Conforme a delegada da Polícia Civil do Paraná (PCPR) Franciele Alberton, para chegar até o suspeito os investigadores reuniram informações de três crimes diferentes, que apresentavam a mesma forma de ação.
O terceiro crime, que foi a morte do servidor público, ocorreu na madrugada de sábado para domingo. Mas já estávamos investigando dois casos que tinham ocorrido aqui na Região, um em abril e outro em maio. Pelo modo de agir, tudo indicava que seria o mesmo autor dos três.
Dessa forma, com as informações reunidas e sabendo do paradeiro do homem, os policiais civis da Delegacia da Mulher de Pato Branco seguiram para Clevelândia, cidade vizinha, cumprir o mandado de prisão do suspeito. “Porém, era um lugar complicado e não tinha como entrar despercebido. Ele viu as equipes e se embrenhou na mata”.
Assim, de quinta (16) até o fim da tarde de sábado (18), as buscas se intensificaram com o apoio das outras forças de segurança. As equipes esperaram o amanhecer e seguiram os passos do homem. De acordo com a coordenadora da ação, o suspeito caminhou a noite toda para tentar escapar da prisão.
“Os policiais refizeram todo o caminho que ele havia percorrido durante a noite e, a tarde, uma equipe nossa, aqui da Delegacia da Mulher, encontrou ele no interior de Pato Branco. Houve troca de tiros e ele fugiu novamente”. Contudo, com os reforços das demais polícias, os agentes de segurança retomaram as buscas pelo suspeito.
PRISÃO
Conforme a delegada, os policiais fizeram um cerco na Região que o homem estava. Durante as buscas, a polícia localizou algumas peças de roupas que ele havia usado e, com a ajuda de cães farejadores, encontraram o suspeito e o prenderam. Como ele havia se ferido na troca de tiros, os policiais o levaram ao Hospital São Lucas, onde passou por cirurgia e está sob escolta policial.
De acordo com as informações, o suspeito era procurado desde março, quando rompeu a tornozeleira eletrônica. Ele invadia residências desocupadas, de veraneio, onde se alimentava e usava roupas que encontrava nestes locais.
Segundo Franciele Alberton, o suspeito cometia os estupros de maneira semelhante.
Sempre com luvas, capuz e touca balaclava, para não deixar rastros. Ele escolhia as vítimas, sempre casal, amarrava o rapaz, colocava no porta-malas, levava os dois para onde queria e os atacava.
Conforme a delegada, ele ainda contou que o homem tem traços de psicopatia. O suspeito já tem condenação por roubo, homicídio e estupro. Ele saiu do sistema prisional no fim de 2021 e rompeu a tornozeleira em 1º de março de 2022, quando ainda morava em Curitiba.
Por fim, a ação contou com a integração entre as polícias Civil e Militar do Paraná, juntamente com órgãos federais e do estado de Santa Catarina.
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