22/08/2023


Brasil Geral

Suspeitos de terrorismo na Olimpíada têm prisão prorrogada pela Justiça

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da redação com Folha de S. Paulo

Curitiba – Os 12 brasileiros investigados por suspeita de ligação com grupos terroristas, alvos da Operação Hashtag, tiveram suas prisões prorrogadas pela Justiça na semana passada. Eles ficarão detidos por pelo menos mais 30 dias até a conclusão das investigações, determinou o juiz federal Marcos Josegrei da Silva, na última quinta feira (18).

O grupo estaria planejando um ato terrorista durante a Olimpíada do Rio, segundo a Polícia Federal. Eles foram detidos temporariamente no mês passado, antes da abertura do evento.

A PF ainda analisa o conteúdo de HDs, celulares e outros equipamentos apreendidos com os suspeitos. Entre os materiais colhidos estão cerca de 4.000 páginas com mensagens dos investigados em redes sociais, que fariam referência ao ato terrorista.

Segundo nota divulgada pela Justiça Federal no Paraná, a investigação feita até aqui "confirma a tese da autoridade policial de que [os suspeitos] defendiam os ideais difundidos pelo grupo extremista Estado Islâmico".

As investigações estão em segredo de Justiça.

JURAMENTO

Os presos fazem parte de um grupo que estava sob monitoramento pelo governo por fazer elogios e compartilhar conteúdo favorável a grupos extremistas e atentados terroristas.

No total, cerca de 100 pessoas estavam sendo monitoradas pela Polícia Federal, como revelou a Folha.

Embora não haja registros de contatos diretos com terroristas, um dos suspeitos chegou a entrar em contato com uma empresa de armas para comprar um fuzil AK-47, o que acabou não se concretizando.

Outros fizeram o juramento de lealdade ao Estado Islâmico por meio de um site que oferece uma gravação do texto que deve ser repetido a quem deseja fazer parte do EI.

A Operação Hashtag foi a primeira ação antiterror da PF depois da aprovação da lei que tipificou os crimes de terrorismo.

 

Cristina Esteche

Jornalista

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