Lançada pelo Governo do Estado para atender pacientes com suspeitas de Covid-19, a plataforma de telemedicina está sendo adaptada e ganhando uma nova função de atendimento psicológico. O serviço foi planejado pelo governo e o Conselho Regional de Psicologia do Paraná (CRP). Assim, já conta com a participação de 30 profissionais para atender toda a população.
Além disso, outros 150 profissionais estão sendo preparados para aumentar o número de acolhimento on-line. O serviço pode ser acessado em qualquer localidade do Estado. Para isso é só baixar o aplicativo Telemedicina Paraná. Os profissionais da saúde e da segurança pública também podem utilizar o app.
Conforme o o governador Carlos Massa Ratinho Junior., nesse momento é importante ter uma plataforma como esta funcionando. “Toda a situação que envolve a pandemia da Covid-19, com o isolamento social e a possibilidade de perdas financeiras e dos entes queridos, acaba atingindo a saúde mental da população”.
APP TELEMEDICINA
No aplicativo o usuário passa por uma triagem feita por inteligência artificial. De acordo com a Agência Estadual de Notícias, se houver identificação de sintomas relacionados à Covid-19, ele é direcionado para uma conversa com estudantes bolsistas do programa. Assim, é possível tirar as dúvidas e, se apresentar sintomas, ser encaminhado para uma consulta on-line.
O protocolo definido para o teleatendimento oferece encaminhamento psicológico. Portanto, o paciente é questionado sobre o interesse pela consulta, mas a necessidade pode ser identificada pelo bolsista. A psicóloga e professora Jeanine Rolim, uma das idealizadoras do projeto, ao lado da também psicóloga Carolina Simeão comenta que esse é um serviço de orientação.
O paciente é atendido em uma modalidade chamada de serviço emergencial. Nele é feito um acolhimento, uma escuta ativa, para ouvir suas angústias e investigar o que vem em sua mente, para então prestar orientações sobre como lidar com a situação pela qual ele passa.
A CONSULTA
O tempo de consulta varia entre 30 e 50 minutos, o procedimento segue as diretrizes do CRP e do Conselho Federal de Psicologia do Brasil (CFP). De acordo com Jeanine, o protocolo ajuda o paciente a entender e acolher seus sentimentos. “É coerente que as pessoas sintam medo nessa situação, faz sentido se sentir aflito, pois é uma gama de preocupações que sem dúvida altera os sentimentos”.
A ideia de criar a ferramenta surgiu de Carolina, que mobilizou psicólogos paranaenses. Com isso, Jeanine se sentiu animada com a ideia e utilizou das redes sociais para pedir sugestões sobre a criação de um site. Mas, a Companhia de Tecnologia da Informação e Comunicação do Paraná (Celepar) decidiu incluir a proposta na ferramenta de telemedicina que estava desenvolvendo.
A tecnologia está auxiliando na contenção do coronavírus no Paraná, agilizando o atendimento e protegendo as pessoas, principalmente os profissionais de saúde, que recebem menos pacientes e podem se dedicar aos casos confirmados da doença.
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