22/08/2023
Agronegócio

Tem que esperar para ver!

Se fosse uma conversa entre moradores do interior de Guarapuava, com certeza, interlocutores diriam que o “cavalo está encilhado”  e que só basta “pular em cima” e reservar o terno para a posse na Assembleia em janeiro de 2015.  Mas a vontade do ex-vereador Antenor Gomes de Lima (PT), considerado a “bola da vez” na preferência de grande parte do eleitor guarapuavano, é ser candidato, não importando em qual cenário concorra: se para deputado estadual ou federal. A responsabilidade da decisão foi repassada para a convenção estadual do partido, em Curitiba, no dia 07 de junho.

O fato é que o médico teria uma eleição garantida para a Assembleia Legislativa do Paraná, se forem confirmados os números de pesquisas que circulam entre os grupos políticos locais, com repercussão em Curitiba.  À “boca pequena” os adversários reconhecem o potencial das intenções de votos que cerca Antenor e uma procissão de emissários de todos os lados “afundam” os corredores da Assembleia rumo a gabinetes petistas. Todos querem saber  quais são as intenções do médico e ex-vereador e “costurar” acordos que o direcionem à Brasília.

Se isso se concretizar, o campo fica mais livre para os pré candidatos  a estadual Bernardo Ribas Carli (PSDB)  e Cristina Silvestri (PPS), já que Artagão Junior possui mais votos em outros municípios e não depende de  grande quantidade de votos em Guarapuava para a sua reeleição. Com Antenor no páreo, a situação fica mais difícil, já que o petista abocanha votos de um lado e de outro e pode inviabilizar, ou no mínimo, dificultar a eleição de um dos demais candidatos.

Eleito, Antenor continuaria próximo à sua base política, da qual nunca se descuidou, e daria ao PT de Guarapuava, uma conquista inédita:  um guarapuavano petista na Assembleia.

Se a opção for pela Câmara Federal, Antenor estaria honrando um compromisso assumido com o PMDB municipal por ocasião das eleições municipais quando teve como candidato a vice, Evandro Dalmolin. Petistas negam a existência desse acordo; Artagão Junior  diz o  contrário. O tal acordo seria de que Antenor deixaria de ser candidato a deputado estadual  nas eleições deste ano, deixando o caminho livre também para Artagão Junior que trabalha para ultrapassar  a marca de 10 mil votos no município.

Bem, enquanto a convenção não chegar, as tentativas dos grupos políticos continuam, enquanto a prepocupação maior do médico é cuidar dos seus pacientes. Afinal, nestas eleições ele pode ser a "cereja do bolo" para os petistas, ou a pedra no caminho de outros candidatos. É esperar para ver qual o rumo que Antenor vai tomar.

Cristina Esteche

Jornalista

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