Com o tempo mais seco, o risco de incêndios aumentam. Em Guarapuava, desde o início do ano o Corpo de Bombeiros atendeu 76 ocorrências desse tipo. Desses, 43 foram em edificações, 18 em meios de transporte, 10 em vegetações e oito de natureza não identificada.
Em comparação a 2022 em que o número de atendimentos chegou a 144. No mesmo período, de janeiro a maio de 2022 o número de ocorrências em incêndios ficou em 59. Neste ano o aumento foi de 28,8%, ou seja, 17 casos a mais.
Já no Paraná o número ultrapassa as 1,5 mil ocorrências. Por conta disso, tanto o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) quanto o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) emitiram alerta sobre a baixa umidade e o risco de incêndio em diversas Regiões do estado.
Conforme os dados, na comparação com o ano passado, os registros neste ano também aumentaram. Isso acontece porque no outono a umidade e as temperaturas caem consideravelmente, já que as chuvas cessam e o clima fica mais seco. Além disso, nesse período a grande incidência de geadas, também contribui com o aumento de incêndios florestais.
Um número que chama atenção nas ocorrências de incêndio atendidas em Guarapuava são as envolvendo edificações. Ao todo, até maio os bombeiros registraram 43 focos de fogo. Conforme o Corpo de Bombeiros, fazer revisão da parte elétrica da residência anualmente, evitar velas acesas em lugares de fácil combustão como sofá, cama e mesa com toalhas de plástico são algumas dicas de segurança.
Os moradores também não devem improvisar instalações elétricas, nem sobrecarregar tomadas para ligar aparelhos eletrônicos. Isso pode causar curto circuito.
‘TEMPORADA DO FOGO’
O período de estiagem marcante durante o outono e inverno na Região Sul é chamado pelos bombeiros de ‘Temporada do Fogo’, devido o alto índice de ocorrências. Por isso que precauções devem ser tomadas para evitar danos ao meio ambiente e riscos ao ser humano.
Desse modo, não solte balões ou faça fogueiras. Motoristas, não joguem bitucas de cigarro pela janela dos carros, além de outros resíduos, como garrafas de vidro, que podem servir como uma lupa e potencializar a incidência do sol sobre a vegetação.
Além disso, os bombeiros orientam que donos de terrenos não façam queimadas para limpeza, pois facilmente perde-se o controle sobre elas e a catástrofe é certa, além de ser crime ambiental. O Corpo de Bombeiros também indica que não sejam feitas fogueiras em matas ou locais de acampamento, pois uma fagulha já basta para ocorrer a combustão da mata.
Caso se depare com um pequeno foco de incêndio, nada maior que uma pequena fogueira, você pode apagá-la com uma mangueira de jardim ou até com um balde d’água evitando que aconteçam maiores prejuízos.
Mas caso o incêndio já tenha ganhado muita altura ou uma extensão maior, ligue imediatamente para o Corpo de Bombeiros no 193. Informe o local, tamanho e direção para onde o incêndio está indo. E por fim, procure um lugar seguro longe do fogo ou fumaça para permanecer. Em caso de queimadas ilegais, deve-se ligar no 181.
CAMPANHA ESTADUAL
Nessa quarta (31) entidades do Governo do Estado e da sociedade civil lançaram a Campanha de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais. Ela busca orientar a população sobre os riscos e consequências que o incêndio florestal pode trazer para o meio ambiente e a comunidade.
Desse modo, entre as ações de conscientização previstas estão a distribuição de materiais educativos e orientações sobre como os incêndios começam, o que fazer ao avistar um foco de incêndio e como denunciar. O slogan é ‘Não temos tempo a perder. Precisamos evitar os incêndios florestais agora’.
O lançamento ocorre neste período do ano por concentrar os meses com mais ocorrências de incêndio devido à vegetação mais seca, baixa humidade do ar e estiagem. São fatores que facilitam a propagação das chamas, principalmente nos dias após a ocorrência de geada. Mais informações no site Paraná Contra Incêndio Florestal.
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