Loratadina, Histamin, Allegra e levocetirizina. Esses são alguns dos medicamentos que a Laís da Silva, de 21 anos, já tomou para tratar a rinite e não resolveu. Ao menos para ela, que enfrenta as crises alérgicas há 12 anos. “Faço tratamento médico para as minhas crises alérgicas. Parece que no calor piora, até porque meu corpo se acostuma com o remédio e já não faz mais efeito”.
Começa sempre com o nariz coçando, depois meus olhos lacrimejam e coçam, minha garganta também. E aí, começo a espirrar. Espirro tanto que às vezes falta ar.
Nesse sentido, Laís faz parte de cerca de 30% da população brasileira que segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), possui algum tipo de alergia. Contudo, a rinite alérgica é uma das mais altas do mundo com 25% de prevalência, seguido pela asma alérgica, que atinge 20%.
E quando chega as altas temperaturas em Guarapuava, esta parcela da população pode sofrer com os problemas respiratórios. De acordo com o alergista e imunologista, Gilberto Saciloto, isto acontece devido as vias aéreas serem sensíveis.
A que mais chama a atenção são as temperatura extremas, seja frio ou calor. O revestimento das vias aéreas é feito por um tecido denominado mucosa. Ele é muito delicado e suscetível as variações líquidas. Se o clima está muito seco, a mucosa seca, as secreções encolhem e o paciente sente falta de ar.
Dessa forma, recorrer aos comprimidos, inalações e soros para aliviar os sintomas pode trazer inúmeros problemas. A Laís já sabia disso, e assim, sempre procurou um atendimento especializado.”Por meio da minha médica eu sei que toda vez que o tempo muda, pode provocar a alergia. Tomo um comprimido por dia, prescrito pela médica e uso spray que diminui os sintomas e um jato contínuo para lavagem. Logo melhora e consigo fazer as coisas”.
No entanto, muitas pessoas acham que qualquer remédio pode resolver a crise. Ainda conforme o doutor, não funciona assim. “Antigamente, nos deparávamos com medicações de uso caseiro. Hoje é a medicação exagerada e extremamente acessível influenciada pelas redes. Como os descongestionantes em uso excessivo que viciam, antibióticos usados de forma inadequada e, ainda, inalações sem resultados. Para quem tem crises temos que fazer o diagnóstico. Só assim podemos recomendar algo”.
Agora, também há soluções práticas do dia a dia que fazem as crises melhorarem. Segundo o imunologista, manter uma vida saudável já é um grande passo. “Muitas crises podem ser evitadas com boa alimentação, cuidados de higiene nos ambientes com ventilação, filtros de ar condicionado limpos e população vacinada, principalmente contra gripe. Além disso, exercícios diários, hábitos como não fumar e ingerir muita água podem ajudar”.
Entretanto, fique atento! É necessário saber o momento de procurar atendimento médico e evitar maiores problemas.
A respiração nos traz ar. Se não o possuímos, é hora de procurar recurso médico. Principalmente, quando o paciente já tem histórico anterior de comprometimento respiratório. Como, asma, bronquite, rinite, chio de peito, desconforto respiratório e tosse que prejudica o sono.
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