22/08/2023


Geral Guarapuava

Temporada inicia com água própria para banho no Litoral do Estado

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Da Redação, com assessoria 

Paraná – A temporada começa com boa condição para banho nas águas do Litoral e do interior do Paraná. De acordo com o primeiro boletim de balneabilidade do verão, divulgado nessa sexta feira (23) pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP), dos 66 pontos monitorados semanalmente em todo o Estado, apenas um está impróprio para banho – a Ponta da Pita, em Antonina.

Nesse verão, os boletins de balneabilidade também vão trazer maior destaque para informações das condições de dez locais considerados permanentemente impróprios para banho, pontos onde rios, canais e galerias pluviais desembocam no mar. Esses locais são acompanhados durante todo o ano, também na temporada, mas não entram na verificação semanal porque já se sabe que a água não corresponde aos padrões estabelecidos. Antes, essas informações eram divulgadas no rodapé dos Boletins e agora estão destacadas em letras maiúsculas nos boletins semanais.

“Esses locais são aqueles que se apresentam permanentemente como impróprios para banho pois, devido a análises que fazemos de maneira esporádica durante todo o ano, sempre apresentam concentração de coliformes fecais acima do limite legal. Nesses pontos o banho não é indicado em nenhuma época do ano”, explica a diretora de Monitoramento Ambiental e Controle da Poluição, Ivonete Chaves.

LITORAL

O primeiro monitoramento semanal no Litoral mostra que apenas a Ponta da Pita, em Antonina, está impróprio para banho. São monitorados semanalmente 49 pontos de toda a orla, dois a mais que na temporada anterior. Os dois novos locais estão localizados em Guaratuba e na praia de Shangri-la, em Pontal do Paraná.

No total, são 13 pontos em Guaratuba, 14 em Matinhos, 11 em Pontal do Paraná, seis na Ilha do Mel, três em Morretes e dois em Antonina. Foi também alterado o local de monitoramento de três pontos em Guaratuba – dois na Praia Central e um em Caieiras.

Serão 14 semanas de monitoramento que vão possibilitar a divulgação de 10 boletins semanais de balneabilidade, o último válido para o período de 24 de fevereiro à 02 de março de 2017.

INTERIOR

O monitoramento feito na Costa Norte e Oeste do Estado mostra que todos os pontos acompanhados, como nos anos anteriores, estão próprios para banho. A qualidade da água é avaliada em 17 pontos de praias artificiais e represas das costa Norte e Oeste do Estado.

A avaliação acontece nas cidades de Foz do Iguaçu, Santa Terezinha de Itaipu, São Miguel do Iguaçu, Itaipulândia, Missal, Santa Helena, Entre Rios do Oeste, Marechal Cândido Rondon e em Primeiro de Maio.

QUALIDADE DAS ÁGUAS

O monitoramento ambiental da qualidade da água acontece no Paraná há 30 anos e neste período houve avanços tanto nos locais monitorados quanto à metodologia de análise. Porém, segundo um levantamento do IAP das últimas temporadas – com a mesma quantidade de pontos monitorados e metodologia de monitoramento – a maior parte das praias acompanhadas no Litoral vêm apresentando aumento do número de pontos, e também com maior frequência, na condição própria para banho.

Na temporada passada (2015/2016), os oito boletins de balneabilidade divulgados apontaram que o número máximo de locais impróprios para banho durante o verão, no Litoral, foram três, mesmo com chuvas frequentes. No período anterior (2014/2015), apenas quatro pontos estiveram impróprios para banho, uma evolução em relação à temporada anterior (2013/2014), quando havia nove pontos impróprios.

Entre os fatores que garantem melhor qualidade da água estão as obras e investimentos da Sanepar, responsável pelos sistemas de água e de esgoto de Guaratuba, Matinhos, Pontal do Paraná, Guaraqueçaba e Morretes.

“A melhora na qualidade da água no Litoral está relacionada a diversos fatores, principalmente às melhorias na infraestrutura no Litoral”, explica o presidente do IAP, Luiz Tarcísio Mossato Pinto. “Desde 2011 fazemos um trabalho conjunto com outros órgãos estaduais e municipais para encontrar e fechar pontos clandestinos de lançamento de esgoto, sem falar nos diversos trabalhos de educação ambiental”, diz.

Cristina Esteche

Jornalista

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