Um terremoto de 7,5 de magnitude com epicentro no norte do Afeganistão foi sentido no Paquistão e em todo o norte da Índia segunda feira (26). Os números de mortos ainda estão sendo calculados. Pelo menos 135 pessoas morreram no Afeganistão e no Paquistão, segundo a agência Reuters.
A agência France Presse afirma que 118 pessoas morreram apenas no Paquistão. Oito moradores do distrito tribal de Bakhaur (perto da fronteira com o Afeganistão), oito na cidade de Mingora (vale do Swat) e uma residente de Peshawar estão entre as vítimas.
Os serviços de emergência paquistaneses anunciaram o balanço na cidade de Peshawar. "Muitos feridos estão chegando ao hospital e ainda há pessoas sob os escombros", disse à AFP o doutor Muhammad Sadig, diretor da emergência do hospital local.
Em um dos piores incidentes, no Afeganistão, 12 meninas morreram e 35 ficaram feridas em um tumulto ao tentarem escapar de uma escola na cidade afegã de Taloqan, no norte do país. Cinco pessoas também morreram na província oriental de Nangahar, segundo a Reuters.
O epicentro do tremor foi localizado perto de Jurm, na região de Hindu Kush, a 250 km de Cabul e a uma profundidade de 213,5 quilômetros, de acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos(USGS). Inicialmente, a magnitude do tremor foi avaliada em 7,7 e revisada posteriormente pelo serviço.
O terremoto, que durou quase um minuto, sacudiu edifícios de Cabul, Nova Délhi e Islamabad e provocou pânico entre os moradores. A região é montanhosa e pouco habitada.
De acordo com os primeiros relatórios, o terremoto aconteceu às 13h30 (7h em Brasília).
Este terremoto foi o de maior intensidade no sul da Ásia, área de alta atividade sísmica, desde que um terremoto atingiu o Nepal em maio. O tremor de magnitude 7,8 deixou cerca de nove mil mortos.
Essa região montanhosa é sismicamente ativa e as movimentações tectônicas no subcontinente indiano podem causar enorme e destrutiva liberação de energia.
Um terremoto de magnitude 7,6 atingiu no norte do Paquistão pouco mais de uma década atrás, em 8 de outubro de 2005, matou cerca de 75.000 pessoas.