As pessoas são realmente surpreendentes. Basta você conhecê-las um pouquinho mais, quer seja conversando, ouvindo, conhecendo seus projetos, suas ações.
Uma das gratas surpresas boas que tive nos últimos dias aconteceu quando fui à inauguração do novo espaço do CCBEU. E não me refiro apenas a modernidade das instalações, mas ao espírito humanitário e ao ativismo da empresária Silvana Dalla Vecchia Kuster. Quando perguntei como o projeto foi concebido e o valor do investimento, ouvi que isso não tinha importância. O que realmente importa é que quando a mulher decide fazer algo ela vai à luta, não mede o desafio, segue frente e conquista. "Quando uma mulher decide fazer algo não pensa em dinheiro, mas como se fosse uma missão".
Confesso que a pessoa Silvana me chamou a atenção e passei a observá-la. Até então apenas a cumprimentava. Nunca tinha parado para observá-la, conhecê-la. Aliás, infelizmente, estamos deixando as pessoas de lado. Nosso diálogo é rápido, apressado e, com isso, estamos perdendo a oportunidade de aprender, de trocar ideias, de contribuir e ser ajudado.
Quando em determinado momento ouvi a Silvana explicando o funcionamento da cantina e que o espaço não visa lucro porque ela não concebe uma criança ficar sem lanche por não ter condições de pagar, não me surpreendi. Naqueles poucos momento que estivemos juntas fui apresentada à uma empresária diferenciada, que quer disseminar conhecimento – como ela mesmo diz – abrir as portas do mundo para as pessoas. Passei a conhecer uma mulher empreendedora, que luta e motiva as mulheres, a assim como ela, perseguir o sucesso, a realização, sem perder a ternura, o instinto maternal, a preocupação com o outro.
Refleti muito sobre tudo isso, sobre como tudo foi perfeito naquela noite, sobre a preocupação da Silvana em oferecer o que há de melhor para Guarapuava. E me perguntei: será que todas as pessoas que lá estavam tiveram essa mesma percepção? Será que tiraram alguma lição de tudo o que presenciaram e ouviram? Se isso aconteceu, com certeza, sairam de lá um pouco melhores. Porque foi assim que me senti. Que surjam outras “Silvanas”, que se revelem por meio de atos e ações. Que sejam surpreendidos por exemplos como essa todos os dias. Por um mundo mais humanizado, melhor!