Em julgamento de apelação de quatro réus condenados a partir de investigações da Operação Cosa Nostra, o Tribunal de Justiça do Paraná manteve a condenação de todos eles, denunciados em 2016 pela Promotoria de Justiça de Cantagalo. A Operação Cosa Nostra, deflagrada em março de 2015, investigou diversas atividades criminosas no município e gerou a denúncia dos réus por participação num esquema de desvio de diárias na Câmara.
Os réus, dois vereadores (um deles ex-presidente da Câmara Municipal na gestão 2012-2016) e dois ex-funcionários (ex-assessor de imprensa e ex-diretor-geral da Casa Legislativa, atuantes no mesmo período), haviam sido condenados em primeira instância por peculato (desvio de verba pública) e falsidade ideológica.
A decisão do TJPR reviu as penas dos réus, que acabaram estabelecidas em dez anos, um mês e quinze dias para um dos vereadores e o assessor de imprensa, e em seis anos e três meses para os outros réus, além de multas aplicadas a todos.
O ESQUEMA
O esquema foi descoberto dentro da operação Cosa Nostra, deflagrada a partir de um inquérito civil iniciado pelo MP-PR em março de 2015. Foi apurado pela Promotoria de Justiça de Cantagalo o desvio de R$ 335.656,00 em diárias pagas indevidamente pelos envolvidos no esquema – seriam 12 pessoas. Há outras quatro ações penais em trâmite pelos mesmos fatos e uma ação de improbidade administrativa.