22/08/2023

Todos nós deveríamos ter mais uma vida, assim como José Basilio Salomão

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O dia 13 de fevereiro de 2014 é um dia de mudança na vida do meu amigo José Basilio Salomão. Esse foi o dia em que ele nasceu de novo e eu tenho certeza que a vida passou a ter um novo sentido para ele.

Basilio foi arrastado por mais de 400 metros por um trem, na cidade de Irati. Vários aspectos podem ter contribuído para que ele não tivesse ferimentos graves, desde a posição em que o trem bateu, e olhe que bateu na porta do motorista, até o fato dele estar sozinho no carro.

Mas isso não importa. O que importa é que ele está vivo, e bem.

Todos nós deveríamos ter uma segunda chance, assim como Basílio teve.

Vejo diariamente pessoas vivendo sem sentido, sem vontade, sem rumo, com raiva, com ódio, com inveja. São pessoas que vivem assim porque não encontraram o sentido da vida. Quem conhece o Basílio sabe que ele tinha um sentido na vida, e bem definido. Ele não precisava de uma segunda chance, pois é feliz na vida que tem, ao lado da esposa e da filhinha.

Esse, digamos, susto, viria a cair bem para aquelas pessoas que apenas sobrevivem, mas não vivem o dia a dia. Para aquelas pessoas que não sentem o sol na testa, ou a brisa leve no rosto. Não definem as cores do dia ou sequer definem os dias.

Muitas pessoas precisam de um grande susto para começar a viver.

Eu não preciso de um susto, mas confesso que gostaria de ter mais uma vida, assim como meu amigo Basílio teve.

Cristina Esteche

Jornalista

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