22/08/2023
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Tornados que atingiram RBI e Guarapuava são reclassificados em F4

O Tornado 1, que atingiu RBI percorreu 75 km. O Tornado 2, que circulou entre Candói e Guarapuava percorreu 270 km. E o Tornado 3 atingiu Turvo

Rio Bonito do Iguaçu (Foto: Roberto Dziura Jr/AEN)

O Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) concluiu o laudo técnico que detalha a trajetória e a classificação dos três tornados que atingiram o Paraná em 7 de novembro. O trabalho elevou para F4 a categoria na escala Fujita os tornados que atingiram Rio Bonito do Iguaçu e Guarapuava. Mas manteve em F2 a categoria do tornado que atingiu Turvo.

O evento climático atingiu 11 municípios: Rio Bonito do Iguaçu, Turvo, Guarapuava, Quedas do Iguaçu. E ainda, Espigão Alto do Iguaçu, Nova Laranjeiras, Porto Barreiro, Laranjeiras do Sul, Virmond, Cantagalo e Candói. Além disso, está entre os maiores desta categoria no Estado do Paraná nos últimos 30 anos. Duas supercélulas foram responsáveis pela ocorrência de três tornados em municípios das Regiões Sudoeste e Centro-Sul do Paraná.

CLASSIFICAÇÃO

A primeira supercélula gerou o Tornado 1, que passou por Quedas do Iguaçu em categoria F1, por Espigão Alto do Iguaçu em categoria F1, por Nova Laranjeiras em categoria F1, por Rio Bonito do Iguaçu em categoria F4, por Porto Barreiro em categoria F3, por Laranjeiras do Sul em categoria F3, por Virmond em categoria F2, e por Cantagalo em categoria F1.

Esta mesma supercélula também gerou o Tornado 2, que passou por Candói em categoria F2 e pelo Distrito de Entre Rios, em Guarapuava, em categoria F4. A supercélula percorreu aproximadamente 270 km de distância, com velocidade média de deslocamento de cerca de 80 km/h.

Uma segunda supercélula percorreu aproximadamente 230 km de distância, com velocidade média de deslocamento de cerca de 85 km/h, e gerou o Tornado 3, que passou sobre Turvo em categoria F2.

VELOCIDADE

Na escala Fujita, os tornados categoria F1 tem severidade moderada e velocidade do vento estimada entre 116 km/h e 180 km/h. Os de categoria F2 tem severidade considerável e velocidade do vento estimada entre 180 km/h e 253 km/h. Os de categoria F3 são considerados severos e velocidade do vento estimada entre 253 km/h e 332 km/h. Já os de categoria F4 classificados como devastadores, tem velocidade do vento estimada entre 332 km/h e 418 km/h.

A escala vai de F0 a F5, onde F0, com severidade leve, tem ventos de 65 km/h a 116 km/h, e o F5 é descrito como “incrível”, com ventos entre 418 km/h e 511 km/h.

TRAJETÓRIAS

O Tornado 1 percorreu aproximadamente 75 km, com uma área de impacto estimada em 12.426 hectares. A largura variou de 750 metros em Quedas do Iguaçu para 3.250 metros na Região de maior intensidade, em Rio Bonito do Iguaçu. Em média, a largura foi de 1.850 metros, refletindo o poder destrutivo do tornado, especialmente nas áreas mais afetadas.

A intensidade F4 do Tornado 1 ocorreu na área urbana de Rio Bonito do Iguaçu, causando destruição massiva nas edificações, arremesso de veículos, tombamento de caminhão e estragos associados à velocidade de vento compatíveis com a categoria. No Tornado 2, em Guarapuava, os danos também foram condizentes com a categoria F4, como intensa e vasta destruição na vegetação em vários pontos, colapso total de algumas casas de alvenaria e até mesmo o arremesso de um container a cerca de 150 metros.

O Tornado 2 percorreu cerca de 44 km, com uma área de impacto estimada em 2.301 hectares. Apresentou larguras mais homogêneas, variando entre 500 metros e 1.160 metros. E pro fim, o Tornado 3 teve o percurso mais curto, com 12 km de extensão e uma área de impacto de 570 hectares. A largura variou entre 400 metros e 675 metros, com uma média estimada de 525 metros.

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Gilson Boschiero

Jornalista

Possui graduação em Jornalismo, pela Universidade Metodista de Piracicaba (1996). Mestre em Geografia pela Unicentro/PR. Tem experiência de 28 anos na área de Comunicação, com ênfase em telejornalismo e edição. Foi repórter, editor e apresentador de telejornais da TV Cultura, CNT, TV Gazeta/SP, SBT/SP, BandNews, Rede Amazônica, TV Diário, TV Vanguarda e RPC. De 2015 a 2018 foi professor colaborador do Departamento de Comunicação Social da Unicentro - Universidade do Centro-Oeste do Paraná. Em fevereiro de 2019, passou a ser o editor chefe do Portal RSN. @gilson_boschiero

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