sábado, 5 de abr. de 2025
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Trabalhador fica 30 dias preso por engano em Prudentópolis

O homem tem os mesmos nome e sobrenome que uma pessoa condenada em Mato Grosso por tráfico de drogas e homicídio

Trabalhador ficou preso 30 dias (Foto: Reprodução/Freepik)

O trabalhador autônomo Darci Rodrigues de Lima de 53 anos, passou 30 dias preso por engano em Prudentópolis, após um erro na expedição de um mandado de prisão pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT). Isso porque, Darci tem os mesmos nome e sobrenome de uma pessoa condenada na Justiça de Mato Grosso por tráfico de drogas e homicídio. Quando o mandado de prisão foi expedido, o Tribunal de Justiça daquele estado incluiu, erroneamente, o RG, o CPF e o nome dos pais da pessoa inocente.

Ele, que é inocente, diz que nunca esteve no outro estado. A prisão ocorreu no dia 26 de fevereiro e a soltura aconteceu na última sexta (28). A defesa do trabalhador conseguiu um habeas corpus após entrar com recurso junto à Justiça de MT. Com isso, ocorreu a confirmação da inocência do paranaense. Até o momento, o TJMT não se pronunciou sobre o caso.

PRESO ENQUANTO TRABALHAVA

A prisão ocorreu na rodoviária da cidade. Darci estava trabalhando quando os policiais o abordaram. A equipe policial o encaminhou para a delegacia e, depois, para a Cadeia Pública de Prudentópolis. Ele não se lembrava do telefone dos filhos, por conta disso, só conseguiu contato com a família 15 dias depois. A comunicação ocorreu porque ele escreveu um bilhete, contando o que tinha acontecido. Posteriormente, ele o entregou para a mulher de outro preso, que procurou a família dele.

O bilhete dizia: “Filha, peço um favor de coração, para você arrumar um advogado. Eu não devo nada, você sabe disso. Não quero ficar aqui sem eu dever. Saindo daqui, eu pago vocês. Deus abençoe filha, o pai ama vocês”.

O advogado Leonardo Alessi, que atendia outros presos, soube do caso e acessou o processo que originou o mandado de prisão. Com isso, Alessi descobriu que a falha foi do Tribunal de Justiça de Mato Grosso na hora da expedição do mandado. O advogado entrou com um pedido de habeas corpus, que a Justiça de Mato Grosso atendeu um dia depois, na última sexta (28).

Por fim, o documento, assinado pelo juiz Rafael Depra Panichella, detalha que o mandado de prisão foi expedido em nome de uma pessoa diferente da envolvida no processo.

(*Com informações do G1)

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Julia Sansana

Jornalista

Jornalista formada em 2024 pela Universidade Estadual do Centro Oeste (Unicentro).

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