22/08/2023
Política

Transporte escolar será o primeiro grande “pepino” para Cesar Filho resolver

O prefeito eleito Cesar Filho (PPS) terá um grande problema a resolver já nos primeiros dias de mandato. Com o início do ano letivo em fevereiro de 2013, grande parte dos alunos, principalmente, que moram e estudam no interior de Guarapuava, a grande dependência é do transporte escolar. Os contratos do transporte escolar, assim como todos os demais, serão encerrados em dezembro de 2012.

O problema, porém, não é novo. Já em 2011, cerca de 5 mil, segundo números do Departamento de Transporte Escolar do Município, dos quais cerca de 50% estudam em colégios estaduais, faktaram às aulas por falta do transporte. O município reclama da falta de aporte financeiro por prate do Governo do Estado para custear as despesas do transporte de estudantes do ensino médio, atribuição que cabe ao Estado. Até mesmo os alunos especiais ficaram sem o transporte em 2011. Na Escola Municipal São José estudam 203 alunos no ensino regular e nas classes especiais. Destes, 30% são estudantes que necessitam do ensino especializado e que precisam ser transportados até a escola localizada no Bairro dos Estados.
Na Escola Anne Sullivan (APAE), a situação não é diferente. Com 411 alunos, dos quais 98% dependem do transporte escolar.

Segundo o Departamento de Transporte Escolar, os veículos contratados percorrem 288 rotas, somando juntas cerca de 20 mil quilômetros rodados por dia. Segundo a Prefeitura, a alta quilometragem executada diariamente é por causa da grande extensão de estradas rurais em Guarapuava.

Em novembro de 2011 outra polêmica envolveu o transporte escolar em Guarapuava. Denúncias feitas pelo motorista Pedro Ferreira dos Santos provocou a instauração de uma CPI na Câmara de Vereadores. O motorista disse detalhes ter sido contratado como motorista de um micro ônibus pela Empresa RC Turismo (terceirizada) para fazer o transporte escolar, sendo que mais tarde descobriu que na verdade foi colocado como sócio da empresa e que estava sendo usado como " laranja" dos secretários municipais Milton Roseira Junior (Agricultura) e Francisco Silvério (Obras). Após as investigações, nada ficou comprovado.

Agora, a o prefeito Fernando Ribas Carli é multado pelo TC pelo descaso com que tratou os alunos. O prefeito terá que recolher o valor de R$ 2,6 mil. O prefeito também teve a prestação de contas do setor reprovadas pela Segunda Câmara de Julgamento do Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR).

De acordo com o Processo nº 50166/11, julgado na sessão do último dia 31, o município tomou, por meio de convênio, junto à Secretaria de Estado da Educação, a quantia de R$ 109.968,03 para custear despesas com o transporte de alunos da rede estadual de ensino. A verba foi repassada pelo Programa de Transporte Escolar (PETE), no ano de 2010.
Entretanto, relatórios assinados pelos diretores das escolas atendidas demonstram que houve, durante o período de 2010, cerca de 4.900 faltas de alunos, justificadas ou abonadas, por falhas provocadas pela empresa contratada para efetuar o transporte escolar.

Convocada a comprovar os descontos junto à prestadora do serviço em razão das falhas, a prefeitura não apresentou qualquer documento comprobatório do efetivo desconto do preço pago.

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Cristina Esteche

Jornalista

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