22/08/2023
Educação

Transporte escolar volta sob pressão do Ministério Público

O Ministério Público de Guarapuava intimou o prefeito Fernando Ribas Carli a liberar o transporte escolar para quase cinco mil alunos do interior do município. Os estudantes estão perdendo aula porque não tem como chegar até a escola. A intimação do MP foi entregue na Prefeitura na quinta-feira (17) e o prazo para que o prefeito justifique as causas acaba no domingo (27). De acordo com o promotor Luiz Carlos Hallvas Filho (Promotoria de Proteção da Infância e Educação), caso a justificativa não seja satisfatória, o MP poderá instaurar uma ação civil pública. A desculpa que vem sendo dada pela Secretaria Municipal de Educação até o momento é de que os veículos licitados para essa prestação de serviço ainda não tinham sido vistoriados em sua totalidade. Até o começo desta semana faltavam apenas 10% dos veículos para passar pela inspeção. Apesar da maioria dos carros já estarem aptos a transportar os alunos, a SEEC optou pela paralisação geral do transporte. O vereador Elcio Melhem, líder da bancada “Carlista” na Câmara se antecipou e na sessão da Câmara de ontem, terça-feira (22) anunciou que o transporte escolar voltará a funcionar na próxima semana. Há expectativas de que isso ocorra já na segunda-feira (28). A ação do Ministério Público foi provocada pela Associação de Pais e Professores da Escola Enoch Tavares, Associação de Moradores, Aprovale (Jordão) e do Colégio Estadual do distrito de Guará na semana passada, conforme já foi noticiado pela RSN.
O que já foi levantado pela RSN há dias e que trata do período em que a vistoria dos veículos é feita também é um ponto que está sendo questionado pelo MP. Segundo o promotor, para que o processo seja arquivado o MP quer saber por que não foi previsto o tempo necessário para essa vistoria, já que a data de início das aulas foi decidida ainda em 2010.
O MP também quer a garantia de que os alunos não terão prejuízos pelos dias sem aula. O diretor do Colégio Maria de Jesus Pacheco Guimarães, Luiz Alberto Ogibwoski, assim como diretores e professores de escolas municipais, disseram que farão o possível para que os estudantes tenham acesso ao conteúdo já repassado em sala de aula nos quase 60 dias do ano letivo. Nos colégios estaduais, as equipes pedagógicas seguem orientação do Núcleo Regional de Ensino e preparam ações para que todo o conteúdo seja revisto.

 

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Cristina Esteche

Jornalista

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