Três vereadores enfrentam uma ‘sinuca de bico’ em Guarapuava

Vereadores e pré-candidatos a vereador de partidos que saíram da base de apoio à reeleição do prefeito Celso Góes (CD) enfrentam problemas. Isso porque, além de possuírem pessoas em cargos comissionados na administração municipal, gravaram vídeos ao lado do atual prefeito. São gravações de projeção pessoal, atribuindo a si a autoria de obras na cidade e no interior.

Ocorre que por conta das divisões partidárias, dos 21 vereadores atuais e que pleiteam a reeleição, três estão numa ‘sinuca de bico’. Vale lembrar que a exceção fica por conta das vereadoras Professora Terezinha e Cris Wainer, ambas do PT, e Bia Neves (PV), que são da bancada oposicionista. Mas entre os 17 vereadores governistas, já que Sidão está afastado judicialmente do mandato, dois encontram-se em partidos agora de oposição.

Esse é o caso do União Brasil, por exemplo. Partido que tem Samuel Ribas Abreu ainda como vice-prefeito na atual gestão, conta o vereador Marcelinho também, até então, na bancada governista. Por coerência, o vereador deve assumir a pré-candidatura de Samuel a prefeito. Marcelinho vai deixar a base de Góes? Mas e como ficam os cargos comissionados que mantém na Prefeitura?

Tentei contato com o vereador, mas ele não atendeu e nem retornou a ligação. A mesma situação é enfrentada por ‘Nego Silvio’, hoje no PL, que tem como pré-candidato a prefeito, o empresário rural Denilson Baitala. Também liguei para o vereador, porém, sem êxito. E olha que tem muitos pré-candidatos a vereador na mesma situação. Em contrapartida, os demais surfam tranquilos nas obras que dizem ter conquistado. E, claro, os indicados, por ora, continuam ‘seguros’ nos postos de emprego.

MAIS COMPLICADO

Mas a situação mais complicada de resolver está nas mãos do vereador Gilson da Ambulância, do PSB. Ocorre que esse partido é base do Governo de Lula. Portanto, a determinação de Brasília e do Paraná é que seja fiel ao compromisso de estar com a Federação ‘Brasil da Esperança’. Ou seja: apoiando Dr. Antenor. E o caso se agrava quando em Curitiba, o PT ‘brigou’ internamente e decidiu apoiar Luciano Ducci, abrindo mão de candidatura própria. Além de presidir a legenda no Estado, Ducci é pré-candidato a prefeito.

No entanto, Gilson da Ambulância foi contra a determinação do PSB e declarou apoio pessoal e dos 19 pré-candidatos a vereador à reeleição de Góes. Numa decisão bem radical, Gilson pode desistir da candidatura à reeleição e ainda anular a chapa de vereador. E ainda sofrer um processo de infidelidade partidária. E qual vai ser o custo político disso tudo? Bem, se isso ocorrer, o PSB não vai passar de apenas uma sigla nestas eleições. Tentei conversar com o vereador, mas ele também não atendeu.

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