Após cerca de nove horas de julgamento a 8ª Turma do Tribunal Regional Federal (TRF4) votou favorável à manutenção da prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Além disso a pena prevista inicialmente pelo juiz Sergio Moro de 9,6 anos foi ampliada para 12,1 anos. A decisão foi unânime e com isso exclui Lula das eleições presidenciais deste ano. O ex-presidente já tinha anunciado a sua pré candidatura à reeleição.
Petistas e outros militantes políticos simpáticos à Lula estão em Porto Alegre desde o último final de semana. O mesmo acontece com eleitores contrários ao ex-presidente. Vários atos foram realizados durante esta quarta (24) na capital gaúcha e em outras cidades brasileiras.
Agora a defesa de Lula tem dois dias a partir da publicação do acórdão para apresentar embargos de declaração, que pedem, apenas, esclarecimento da sentença. Já que a votação foi unânime, não cabem embargos infringentes. Paulsen disse que o ex-presidente terá mandado de prisão expedido somente após o julgamento dos recursos.
Para lideranças petistas o TRF4 foi parcial ao não apresentar provas contra o ex-presidente, acusado de por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do tríplex do Guarujá. Com o lema “Eleição sem Lula é fraude”, a senadora Gleisi Hoffmann, que hoje preside o PT Nacional, convocou a militância para que continue mobilizada “ contra o golpe”. Para os petistas os desembargadores João Pedro Gebran Neto (relator), Leandro Paulsen (revisor) e Victor dos Santos Lima (o último a votar) foi parcial. “É perseguição política”, bradou Gleisi Hoffmann. Paulsen disse por volta das 16h que a participação do ex-presidente em desvios na Petrobras é “inequívoca”.