22/08/2023
Segurança

Tribunal de Justiça considera nulas escutas na Operação Salvação

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Cristina Esteche

Por unanimidade, a 2ª Vara Criminal da Tribunal de Justiça do Paraná, reconheceu há pouco (16h30) a nulidade das interceptações telefônicas que geraram a Operação Salvação,  em Guarapuava, em 10 de dezembro de 2013. O caso envolveu, principalmente, os ex-secretários municipais de Educação, Sandra Zanette, e de Obras, Edson Sanches Filho. Os dois pediram exoneração dos cargos.

De acordo com o advogado José Guilherme Breda, por telefone com a Rede Sul de Notícias, prevaleceu a tese jurídica dos “frutos da árvore envenenada”, ou seja, se as interceptações telefônicas foram consideradas nulas e se a ação desencadeada pelo grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) tinha como base probatória apenas as ligações telefônicas interceptadas, a ação também deve ser anulada. “A ilegalidade foi reconhecida já que todas as provas produzidas tinham como base as conversas telefônicas interceptadas. A Justiça foi feita e todos os envolvidos são inocentes”.

Em contato também com a RSN, Sandra Zanette comemorou. “A justiça dos homens foi feita, agora vem a justiça divina. Somos inocentes”, declarou.

Já o promotor coordenador do Gaeco em Guarapuava, Vitor Hugo Honesko, disse à Rede Sul de Noticias que as escutas foram uma das provas que geraram a Operação. "O Ministério Público irá recorrer da decisão. Não há nenhuma ilegalidade na Operação", afirmou.

O teor acórdão da decisão de hoje do Tribunal de Justiça do Paraná deve ser publicado nos próximos dias.

Cristina Esteche

Jornalista

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