22/08/2023
Política Região

TSE nega recurso e Woruby está a um passo de perder o mandato

Woruby já perdeu nas duas primeiras instâncias, recorreu ao TSE e teve nova derrota. Advogado vai recorrer já que não há dolo explícito

Prédio do TSE

Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília (Foto: Lalo de Almeida/Folhapress)

A semana começa com a expectativa de novidades na Câmara de Vereadores em Prudentópolis. Embora o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tenha negado recurso do vereador Iroslau Woruby (PSDB), o presidente da Câmara Lademiro Budnik (PV) disse ao Portal RSN que ainda não recebeu a notificação. “Só estamos sabendo pelos comentários que andam por aí. Mas ainda não recebemos nada oficial”.

De acordo com a certidão de julgamento, o TSE pede a execução imediata do julgado. Ou seja, Woruby pode ter o mandato extinto pela Mesa Executiva da Câmara. Na vaga que pode ficar aberta quem assume é o primeiro suplente Ivo Procikievicz (PSDB). Ao Portal RSN Woruby, disse nesta segunda (3) que o advogado entra com novo recurso junto ao TSE. Questionado se ele perde o mandato ele respondeu: “Pode ser, pode ser”.

Em contato com o RSN, o advogado Guilherme Gonçalves, que defende o vereador, disse que aguarda a publicação do acórdão para entrar com embargos de declaração. Ele entende que o vereador não teve a intenção de comprar votos. “Em toda a estrutura de depoimento não houve dolo de compra de votos. Woruby é uma liderança tradicional e já fazia o atendimento ao público mesmo antes de ser vereador”.

Conforme o advogado, ele vai questionar isso já que o dolo exige compra de voto explícita. “Dependendo do que possa acontecer ainda temos um recurso no Supremo Tribunal Federal”. Antes do TSE, o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná já tinha decidido, por unanimidade, manter a cassação do vereador. Conforme o TRE/PR, ele estava condenado em primeira instância por abuso de poder econômico nas últimas eleições.

MULTA

Além de perder o mandato, caso se confirme, Iroslau está condenado a pagar multa de R$ 15 mil. Entretanto, ele se mantém elegível. Conforme a ação ajuizada pelo Ministério Público Eleitoral, o esquema consistia na utilização de vales-combustível do posto de gasolina pertencente a um empresário.

As investigações apuraram que ao menos 27 eleitores receberam 10 litros de combustível. No entanto, o recebimento estava condicionado à colagem de adesivos de apoio ao candidato. Além disso, uma eleitora recebeu medicamentos em troca da promessa de voto.

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Cristina Esteche

Jornalista

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