Árvores, ar puro e belas paisagens são uma combinação que fica perfeita com aquele cheirinho de café e a mesa farta do campo. Até pouco tempo atrás, isso só podia ser vivido por quem tinha alguém próximo e que morava no interior de Guarapuava. Ou então em alguma visita especial que oferecia tamanha recepção.
Sendo uma das cidades com maior área rural do Paraná, Guarapuava é consolidada economicamente na agricultura. Porém, recentemente, pequenos agricultores também contribuem para a circulação de produtos e fazem a economia girar e crescer.
Entretanto, com tanta riqueza de propriedades e de espaços rurais, foi encontrada uma nova fonte de renda para os pequenos produtores rurais do município: o turismo. Isso mesmo, turismo rural. Nas propriedades rurais que participam do programa Caminhos de São Francisco, os agricultores têm uma nova fonte de renda ao abrirem as porteiras para receber os turistas.
O caminho que leva até o Salto São Francisco é cheio de curvas e lugares que surpreendem pelo carinho e alegria da recepção. Mas para além das belezas naturais do lugar, outro cartão de visitas do maior saltos do sul do Brasil, com 196 metros, é a hospitalidade de 14 moradores ao longo da estrada de mais de 40 quilômetros.
TURISMO RURAL
Conforme a Secom, há pouco tempo, a agricultora Olga não imaginava que o sítio em que recebia a família e amigos, passaria a acolher turistas de todas as partes, vindos até de fora do país. Conforme a Secretaria de Comunicação da Prefeitura, ela é uma das primeiras a aderir ao programa de turismo rural de Guarapuava e ter a rotina da casa mudada para gerar renda.
O café Dona Olga, localizado distante cinco quilômetros da entrada do caminho do São Francisco, é um atrativo que encanta todos que resolvem parar e tomar um cafezinho. Desse modo, uma placa em forma de xícara indica a entrada da casa branca e de belo jardim. O estilo rústico das mesas e bancos em que são servidas as geleias, doces e quitutes preparados por toda a equipe é uma referência clássica da vida no campo, tipicamente guarapuavana.
Assim sendo, com a mesa farta e o cheirinho de comida boa, fica difícil escolher qual das delícias podemos provar primeiro. E olha que tem para todos os gostos: tortas salgadas, pães, embutidos, bolos, bolachas. Além de geleia de morango, goiaba, banana, e muito mais. E sempre acompanhado de um café, suco ou chá.
CARINHO
Além de saborear pratos deliciosos, a refeição vem acompanhada de momentos de silêncio, ou do vento soprando ou do barulho de pássaros e animais. O céu azul e o gramado verde dão a energia necessária para seguir até o Salto São Francisco. Ou os minutos revigorantes de descanso para quem está voltando do passeio – que pode variar entre a descida completa até o fim da queda ou então de apenas um passeio pela vista da cachoeira.
Cada pessoa que chega no café deixa uma marca registrada, não apenas no coração da anfitriã, mas no livro que guarda esses momentos vividos ali. Uma lembrança carinhosa de quem ela acolheu na própria casa. O café foi uma conquista que a agricultura cultiva com cuidado. Dona Olga conta que a casa cheia alegra os dias.
“O estado de espírito das pessoas, te desejando o bem, te mandando coisas boas, elogiando nossa, isso é tudo de bom, esse café foi tudo de bom que aconteceu na minha vida”.
CHALÉ SÃO FRANCISCO
E não é só ela que comemora a presença de tantas pessoas por ali. De acordo com a Secom, alguns quilômetros para frente, outra curva revela um charmoso chalé em que moram uma Curitibana e uma paulista. Elas resolveram construir uma vida no Campo e compartilhar experiências gastronômicas com quem percorre o caminho.
O Chalé São Francisco, foi construído pela psicóloga aposentada Marilene e marcou uma nova fase mais tranquila, cheia de cores, cheiros e sabores. Ela planejou tudo no sítio.
Assim, aos poucos surgiu o chalé, além das plantações de uva que ocuparam os espaços. As roseiras cresceram e o que era um sonho virou realidade linda, por sinal.
DELÍCIAS
Quem passa pela estrada rumo ao Salto, pode fazer uma parada e experimentar o quitute em parceria com a sócia do empreendimento, Anita. A paulistana mudou-se com o marido para a Região em busca de qualidade de vida. E, ao conhecer Marilene, trocaram ideias e receitas. E hoje vendem sabor com muito carinho nesse novo espaço.
Assim, para quem procura uma programação especial, que tal um jantar à luz de lampião preparado ao ar livre, com vista para o parreiral e o canteiro de rosas? Conforme informações, o pastel de abóbora é um grande sucesso entre os clientes.
A comida no fogão a lenha, tem o gostinho e os ingredientes da roça. Isso porque os ingredientes vem dali ou dos vizinhos, que também são produtores da agricultura familiar de Guarapuava.
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