O clima entre o governo e rebeldes pró-russos na Ucrânia tem ficado mais tenso a cada dia. Depois da anexação da Península da Crimeia pela Rússia e o posicionamento público do governo russo em defesa de uma “federalização” das regiões da Ucrânia, agora os Serviços Especiais Ucranianos (SBU) acusam os grupos armados pró-russos de terem ordem para “atirar para matar”.
"As conversas interceptadas entre os sabotadores russos mostram que as ações de sabotagem no Leste da Ucrânia estão dirigidas por oficiais da inteligência militar russa, que dão ordens cínicas de 'atirar para matar' na direção dos militares ucranianos", informou o SBU em comunicado.
O primeiro-ministro da Ucrânia, Arseni Yatseniouk, também acusa a Rússia de erguer um novo muro de Berlim, que ameaça a segurança europeia. “Os acontecimentos atuais começam a ameaçar a Europa e a União Europeia. É claro, hoje, que os nossos vizinhos russos decidiram construir um novo muro de Berlim e voltar à Guerra Fria”, disse na abertura da reunião do conselho de ministros. Amanhã, a Ucrânia, Rússia, os Estados Unidos e a União Europeia se reunirão em Genebra para discutir a crise na região.
EBC