22/08/2023

Um boicote à liberdade de expressão!

A lei da causa e efeito tem reações diferentes conforme o grau de conhecimento do receptor. Quando o alvo é a classe política, certas reações não surpreendem. Afinal, observa-se que certos políticos, ainda não absorveram a importância do questionamento crítico  para o seu próprio crescimento intelectual. Nesse sentido, mais do que nunca deveriam saber que o questionamento crítico é fundamental para que a democracia se consolide.

A iniciativa de alguns vereadores de Guarapuava em promover boicote  à uma proposta comercial  porque foram alvos de comentário neste blog mostra uma atitude arcaica de revanchismo que se agrava  por ser pecuniária.  É preciso saber que os interesses se diferem conforme cada pessoa. Nem todas as pessoas elegem o financeiro como, literalmente, moeda de troca, e nem se utilizam deste como forma de retaliação. Há coisas muito, mas muito mais importantes, como informar a sociedade como os homens públicos eleitos para representá-la estão legislando. Cumprir essa função social não tem preço. Por isso, as críticas surgirão cada vez que forem necessárias e a  tradução do que a opinião pública expõem será transcrita tantas quantas vezes forem necessárias também.

O que é preciso saber é que o político, aquele que foi eleito pelo povo e que deve representá-lo como tal, tem que estar disposto a  debater as críticas e os questionamentos, porém nunca repudiá-los, pois dessa forma estará cerceando o direito de expressão.

Um homem público  de vanguarda, livre das amarras de um poder efêmero, de um conceito de política ultrapassada e individualista, não pode achar que está isento de posicionamentos críticos baseados em condutas que são mostradas  pelo próprio canal legislativo e que ganham destaque na mídia estadual. Não será preciso relembrar aqui os primeiros atos da Câmara de Vereadores, ou será que se faz necessário? Ou quem sabe, as discussões inócuas, vazias, que tem descambado para embates agressivos, fora de condutas previstas para um legislador?

É preciso aprender a questionar e a debater no campo das idéias, em alto nível como sempre pregou o peemedebista Rodrigo Crema, onde o grande vencedor não seja esta ou aquela bancada, mas a coletividade.Só assim poderá se acreditar no novo, na transformação, na erradicação de vícios. Enquanto velhos discursos, velhas práticas e concepções equivocadas de um falso poder persistir o boicote passará a ser da sociedade.E quatro anos passam rápido demais!

Cristina Esteche

Jornalista

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