Um dia da pesca, outro do pescador

Um dia é da pesca o outro do pescador. Hoje era da pesca. Apenas alguns poucos peixes pequenos. Então por não ter novidades vou dedicar um tempo a escrever sobre nossos obstáculos, desafios e curiosidades até agora. 
Começando pela China: 
como já disse em outras postagens é muito raro alguém falar inglês por lá, inclusive nas placas e fachadas as escritas são todas em chinês. Grandes hotéis e restaurantes não são exceções, então nossa comunicação se restringe a fotos e gestos. 
Tivemos muitas dificuldades para pegar ônibus e trens e também para fazer os passeios, principalmente o Huashan Mountain: é difícil encontrar na internet informações precisas e reais sobre como fazer a escalada a montanha. 
Então encaramos no escuro com as poucas informações que tínhamos. 
Por sorte chegando na base da montanha encontramos um casal de chinês que sabia falar razoavelmente inglês, eles nos ajudaram muito e inclusive compraram briga com um suposto guia que queria nos enganar. 
Poucas pessoas fazem a caminhada no inverno devido às condições climáticas, nós éramos os únicos estrangeiros lá, a cada passo pediam para tirar fotos conosco. A montanha estava mesmo muito vazia e isso foi bom para aproveitar um pouco mais. 
Com relação ao Plank Road ( parte mais perigosa da trilha): é mesmo muito assustador e alto, infelizmente nas fotos não dá para ter muita noção. Os equipamentos e correntes estavam muito desgastados mas nós não tínhamos outra opção. Graças a Deus deu tudo certo e conseguimos fazê-lo por inteiro.

Curiosidades: na China realmente tudo é muito diferente, desde a política até as pessoas e a cultura, muitas pessoas pareciam nunca ter visto estrangeiros, inclusive pareciam também não fazer ideia que existe outro alfabeto, pois, foram várias as vezes que pedimos informação, eles respondiam na língua deles, e quando percebiam que a gente não entendia, escreviam num papel no alfabeto deles e mandavam a gente ler.

Todos olhavam diferente para nós, impressionados, alguns inclusive com medo, minha barba às vezes chamava atenção às vezes assustava.

Eu achei que por aqui ia encontrar muito desses famosos bastões de self, me admirei quando não vi nenhum chinês com um e quando eles se assustavam e riam quando eu usava o meu.

Outra curiosidade na China são os bebês, eles possuem em suas calças buracos na frente e atrás, com tudo a mostra, por isso não usam fraldas, quando sentem vontade fazem suas necessidades no colo de quem estiverem. 
Os hábitos também são muito estranhos, arrotam em público (dentro de restaurantes inclusive), conversam alto, cup noodles no café da manhã. 
Vimos diversos policiais com giroflex em suas roupas, muito engraçado;
Impossível achar comida sem pimenta;
A maioria dos andaimes são feitos de bambu;
Quase não há espaços sem cidades;
Muita poluição visual, sonora e do meio ambiente;

Ainda há muitas coisas para falar, política, cultura, pobreza, mas não quero tornar o texto muito longo.

Em resumo, é outro mundo, muito diferente inclusive da Tailândia que falarei em outra oportunidade.

Para me despedir coloco algumas fotos interessantes tiradas lá:
1. Máquina de lavar do lugar onde nos hospedamos, há 10 programações, acreditem eu escolhi exatamente a única que não devia, nossas roupas ficaram por duas horas só na água, ligamos para o proprietário falando que a máquina estava como problema, ele veio até a casa, nos explicou e riu muito. 
2. Cupom de um restaurante, como conferir? 
3. Um yakult tamanho família;
4. Horários dos trens, como saber qual é o nosso?

P.S.: desculpem os erros de digitação, vocês sabem como é difícil digitar no celular.