Suicídio e depressão: você sabia que para 83,1% da população brasileira, a solidão é o mal do século, mesmo vivendo em um mundo superconectado? Um estudo realizado neste ano com mais de 1,5 mil entrevistados em todo o Brasil pela Hibou apontou números alarmantes.
Conforme a pesquisa, 80% dos brasileiros conhecem alguém que esteja sofrendo de depressão. Outros 93,5% dos entrevistados já escutou alguém dizer “isso é frescura”. Assim, outras 47,1% concordam que o Instagram deixa as pessoas mais deprimidas.
Todavia, 92,88% acreditam que o melhor canal de ajuda para a depressão é apoio de psicólogos ou psiquiatra. Já para 88,6% da população, dividir os problemas com os amigos também ajuda. Porém, dizem que é necessário o auxílio médico. Enquanto, 93,7% das pessoas dizem que a família é essencial na busca da melhora. Entretanto, 51,1% dos entrevistados acreditam que só há melhoria da depressão com o uso de medicamentos.
É quase um consenso: 99,81% das pessoas acreditam que a depressão pode levar ao suicídio no Brasil. E muitos já conhecem essa realidade pessoalmente ou por pessoas próximas.
Assim, a pesquisa diz ainda que 72,69% dos brasileiros conhecem alguém que já tentou ou cometeu suicídio. Entre esses, também foi revelado que conhecem em média entre duas e três pessoas que tentaram ou cometeram o ato.
Porém, dos entrevistados que responderam conhecerem alguém que tentou cometer suicídio, 70% afirmaram que a pessoa não sobreviveu. Isso significa que 51% do total de entrevistados já perderam alguém vítima de suicídio.
FAIXA ETÁRIA
A média da idade das pessoas que tentaram ou cometeram suicídio ficou entre 26 e 27 anos. Assim, a pesquisa mostra que a maioria pessoas é da família ou amigo próximo (54%). Em seguida, é amigo de convivência (29,76%), familiar distante ou conhecido (29,33%. Por último, era colega de trabalho (16,09%).
Conforme a pesquisa, é preciso ficar atento aos sinais de que alguém está com um comportamento suicida. De acordo com os entrevistados, 36% disseram que os suicidas demonstraram desinteresse total. Outros 34,91%, que se afastaram de interações sociais. Além de 27,16%, que ficaram mais silenciosas que o normal, e 20,43%, que começaram a dormir muito.
O que dificulta a situação é que 25% disseram não terem notado nenhum sinal de comportamento suicida por parte da pessoa.
Contudo, 48,73% da população afirmam ainda que já pensaram em tirar a própria vida. Isso equivale a aproximadamente uma a cada duas pessoas. Destes, quase metade (45,46%) disse que não buscou ajuda para tirar os pensamentos da cabeça. Porém, outros disseram procuraram tratamento. A busca com psicólogos foi de 21,83%, psiquiatras (20,83%) ou terapias alternativas (16,5%). Porém, outros 19,92% reportaram ainda buscar a ajuda de amigos, e 14,09%, conversas com a família.
Dos respondentes que já pensaram em cometer suicídio, 72,08% afirmaram que não possuem mais esse tipo de pensamento, mas 27,92% disseram que ainda pensam em tirar a própria vida.
Quando questionados sobre os fatores que acreditam que contribuem para o aumento de casos de depressão nos últimos anos; 61,89% dos brasileiros dizem que é a falta de perspectiva econômica e o desemprego. Outros 60,09% atribuem à falta de expectativa de vida. Segundo eles, o excesso de informação gera confusão interna. Porém, 51,81% afirmam serem dúvidas existenciais contra 51,68% que atribuem ao aumento do uso de internet e redes sociais. Entretanto, 45,27%, afirmam que são cobranças familiares; 28,77%, sedentarismo e falta de exercícios; 25,53%, queda na religiosidade; 12,52%, jogos eletrônicos e RPG; 9,78%, o conteúdo de filmes e séries; 8,66%, as rixas entre amigos e familiares por motivos políticos; 8,47%, hábitos alimentares e 4,55% das pessoas acreditam que pelas mudanças climáticas e desafios ecológicos
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