Guarapuava – Só a última semana quatro motocicletas se envolveram em acidentes de trânsito. Dados do Departamento de Trânsito mostram que dos 1.394 atendimentos registrados no ano passado, 501 foram com motos.
Segundo o comandante do Pelotão de Trânsito do 16º BPM, Clever Anaczewski (foto), vários são os motivos que culminam no alto índice de acidentes com motocicletas. É um veículo mais fácil de ser adquirido, há algum tempo se tornou um instrumento de trabalho, menos visível no trânsito e passa uma sensação maior de liberdade e agilidade, o que pode ser traduzido, muitas vezes, em imprudência, fala.
Assim como precisam ser respeitados, os motociclistas devem tomar os cuidados necessários para se proteger e, ao mesmo tempo, não colocar em risco motoristas, ciclistas ou pedestres, nem dificultar o trânsito. Se as pessoas visam maior segurança no trânsito, precisam ter a consciência de respeitar as regras e o próximo. Se cada um fizer a sua parte, o índice de acidentes diminuirá, observa.
Desde o ano passado entraram em vigor novas regras, estabelecidas por resoluções do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), especificando dispositivos que dão mais segurança aos motociclistas: faixas refletivas nas laterais e traseira dos capacetes, normas para o uso de baús no transporte de cargas em motos e selo de certificação, nos equipamentos, do Inmetro. Também foi reajustado o valor do seguro obrigatório cobrado dos motociclistas.
Para maior segurança, é fundamental usar luvas, roupas e calçados apropriados para evitar lesões mais graves – além, é claro, do uso correto do capacete.
Perfil
Os 1.394 acidentes ocorridos no ano passado culminaram em 638 vítimas e 10 óbitos. Desse total, 143 foram por embriaguez ao volante. Foram 1882 homens envolvidos contra 449 mulheres. Com motocicletas, 501 casos.
Em 2007, o total de acidentes foi de 1.377, desses 663 com vítimas, 13 óbitos – e 714 sem vítimas. Envolvendo motocicletas foram registradas 485 ocorrências. Por embriaguez, 240 casos.
Com esses números e tendo em vista que de um ano para o outro houve um aumento de 4% a 6% na frota de veículos, dá para avaliar que 2008 foi cerca de 23% menos violento que 2007, aponta Clever.