22/08/2023
Guarapuava

Uma história de superação movida pela fé

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Da Redação

Guarapuava – As mãos de Elidiane Cadini Lima bordaram rosas de fé no manto de Nossa Senhora Aparecida, traduzindo a devoção da família à padroeira do Brasil. O resultado foi a graça de ser a vencedora do concurso promovido pelo Santuário de Nossa Senhora Aparecida para escolher o manto da santa, na festa realizada no dia 12 de outubro, em Guarapuava.

Casada com Paulo Lima e devota de Nossa Senhora, Elidiane disse que nasceu e cresceu numa família católica praticante. “Nossa Senhora sempre esteve presente em minha vida. Fiz catequese em uma comunidade onde a Padroeira era Nossa Senhora Aparecida, em Campina do Simão. Me casei nessa mesma paróquia e escolhemos o mês de maio por ser o mês de Maria”. Segundo Elidiane, que se casou com uma pessoa também devota de Nossa Senhora.

Porém, o que mais aproximou o casal de Nossa Senhora foi quando nasceu Higor em março de 2001. “Como ele nasceu com paralisia cerebral a batalha não foi fácil, porém, sempre encontramos forças aos pés de Nossa Senhora.”

Já morando em Guarapuava, em 2003, Elidiane e Paulo integraram o Movimento Apostólico de Schoenstatt, Santuário Mariano, onde participam até agora na Liga de Famílias.

Movidos pela fé, o casal supera sofrimentos e barreiras. "Hoje, o Higor tem 16 anos e durante esses anos são incontáveis os dias e noites passados em hospitais, sem dormir e sempre adquiri por costume carregar na bolsa uma imagem de Nossa Senhora”, diz Elidiane.

Segundo ela, este ano de 2017 está sendo um dos anos mais difíceis, pois a saúde do Higor ficou mais frágil e debilitada. “Mas sempre Nossa Senhora nos surpreendendo. Até o meio do ano ficamos 98 dias internados com ele e em uma das ocasiões ainda no Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba, o Higor estava na UTI e chegou a ter paradas cardíacas. Nessa noite, durante a madrugada, a médica nos ligou e nos assustamos. Devido à condição de saúde dele esperávamos o pior, pois os médicos já haviam nos falado que o caso era grave e irreversível, já que um dos pulmões necrosou e o outro teve um derrame, mas sempre entregamos a vida do nosso filho pra Nossa Senhora, pois o que não queríamos é que ele sofresse.” Chegando no hospital, a médica foi conversar com os pais do menino do lado de fora da UTI. “Nos chamou a atenção o pingente da imagem de Nossa Senhora no pescoço da médica. Sentimos muita paz e confiança. E dia após dia, Higor apresentava melhoras. Hoje estamos em casa há quase três meses. Precisando respirar pelo tubo de oxigênio 24 horas, se alimentando através de sonda e mesmo tendo que levantar mais de 40 vezes para aspirá-lo, em algumas noites, nunca me queixo ou blasfemo, pois sinto uma firmeza que vem da nossa maior intercessora, Nossa Senhora. A cada amanhecer me sinto forte, e por causa de tudo o que recebemos por intercessão de Nossa Senhora”.

Por tudo isso, quando Elidiane ficou sabendo do concurso do manto idealizado pelo padre Claudemir, do Santuário da Aparecida, ela não teve dúvidas. Fiz minha inscrição, peguei o molde e tive uma inspiração: bordar rosas na frente e atrás o símbolo da medalha do Jubileu de Nossa Senhora Aparecida, que tem a cruz que simboliza Jesus, o barco, a rede e os peixes que simbolizam os pescadores”.

Mas antes de finalizar e fazer o forro do manto, Elidiane escreveu os nomes de centenas de pessoas de toda a sua família, afilhados, compadres e amigos que sempre estão ao seu lado e de Paulo, os apoiando.

"Foram 28 dias de intenso trabalho que valeram a pena, pois fiz isso com um gesto de agradecimento por tantas graças recebidas pela intercessão de Nossa Senhora”.

Cristina Esteche

Jornalista

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