22/08/2023

Valeu Paulinho!

Confesso que não gosto que comentar obras assinadas por meus irmãos. Mas por uma questão de justiça não me furto a elogiar "Um olhar para o futuro" escrito pelo caçula de nós, cinco filhos de Olympia e João Maria, o Paulo. Em 610 páginas ele resume uma pesquisa que durou cinco anos e que retrata com precisão a trajetória de Mathias Leh, o mentor do progresso e do desenvolvimento das colônias suábias que compõem o próspero distrito de Entre Rios. É lá que está a sede da Agrária, cooperativa que agrega os imigrantes e descendentes dos suábios do Danúbio, e também a Agromalte, a maior maltaria da América Latina.

Foram cinco anos de pesquisas, entrevistas e escritas, as quais acompanhei de longe, mas sempre atenta às angústias do Paulo em transcrever com a máxima precisão um pouco do muito que foi Mathias Leh. O resultado não poderia ser outro e sinto orgulho em receber elogios, por tabela, como os quais recebi na tarde de jhoje caminhando por ruas da cidade e encontrando pessoas que tiveram o privilégio de terem acesso, de alguma forma, a exemplares. Digo isso porque o livro ainda não foi lançado. Enão é para qualquer um ter um trabalho prefaciado  por personalidades, entre estas, o ex-ministro Delfim Neto.

Por essa e tantas outras, me dou o direito de olhar pro meu próprio umbigo e ver o talento dos meus irmãos, e aí peço licença à Mariângela, hoje uma exímia profissional da área da saúde que já atuou como jornalista em tevê e em rádio. Me penitencio também perante a memória do meu irmão João Augusto, o Tuto, que se mostrou um excelente assessor político – que o diga o ex-vereador Thiago Cordova. Mas peço esses consentimentos para reconhecer o talento jornalístico do Paulo e do Fernando, dois profissionais que merecem reconhecimento, tanto no marketing político quanto no jornalismo propriamente dito. São "filhos da terra" que buscam e ganham espaço por onde quer que andem, porque talento e mais do que isso, dom, não se fabrica. Ele  nasce, corre na veia e alimenta a alma e isso faz a diferença. Esse é o diferencial. É uma arte que nasceu bruta e que foi forjada pelo incentivo dos nossos pais que nos ensinaram princípios morais e éticos, valores que não estão à venda, mas que são disponibilizados, compartilhados em prol de um bem comum. Nos ensinaram a ser autênticos, verdadeiros, companheiros e que a maior conquista de uma pessoa é poder andar de cabeça erguida em todas as circunstâncias. Nos mostraram que é importante competir, mas que mais importante ainda é ganhar por talento, por competência, por conhecer, por aprender e por saber fazer. Me dou o direito de por para fora o que sinto neste momento.

E aqui estamos nós, operários da comunicação em todas as suas vertentes. Jornalistas, marqueteiros, publicitários, assessores, escritores, roteiristas. Sem qualquer falsa modéstia. É uma questão de auto avaliação, de olhar a própria trajetória e de ver que muito mais do que registrar várias páginas cotidianas da vida de milhares de pessoas, estamos escrevendo a próprio punho a nossa própria história.

Cristina Esteche

Jornalista

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