O valor da cesta básica composta por 13 itens, em Guarapuava, começou o ano de 2018 em alta. Se a partir do final de 2017 o valor da cesta, incluindo cereais, pão, legumes, frutas, laticínios e óleo, começou a apresentar queda acompanhando a tendência nacional, em janeiro deste ano houve uma inversão e o preço subiu para R$ 292,34 contra R$ 289,743 em dezembro. Já em fevereiro, o guarapuavano precisou de 68,17 horas de trabalho para sustentar a cesta básica, consumindo R$ 295,63. ou seja, 31% do salário mínimo. A inflação do mês de fevereiro/2018 de Guarapuava, baseada na função de alimentação, foi de 1,122%.
Assim sendo, o valor do salário mínimo necessário para fazer frente às necessidades de gastos com mensais de vestuário, despesas pessoais, educação, transporte, habitação, comunicação, saúde, cuidados pessoais e artigos de residência seria de R$ 2.877,97. Hoje o piso do mínimo é de R$ 937. Lembrando que essa cesta de alimentos é suficiente para o sustento e bem estar de um trabalhador em idade adulta conforme metodologia do DIEESE (2016), contendo quantidades balanceadas de proteínas, calorias, ferro cálcio e fósforo. A conclusão é do Departamento de Ciências Econômicas da Universidade Estadual do centro-Oeste (Unicentro).
De acordo com a professora Luci Nychai, coordenadora do Departamento de Ciências Econômicas da Unicentro, desta forma, a inflação de janeiro/2018 de Guarapuava, baseada na função de alimentação, foi de 0,898% ficando um pouco acima da média nacional medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) da categoria de Alimentação que foi de 0,868%.
Para o sustento orçamentário do valor da cesta básica no mês de janeiro – a qual representou 30,64% do salário mínimo – o guarapuavano precisou trabalhar 67,42 horas mensais. Contudo, não só a alimentação faz parte dos gastos mensais, a exemplo do vestuário, despesas pessoais, educação, transporte, habitação, comunicação, saúde, cuidados pessoais e artigos de residência.
No mês de fevereiro de 2018 o valor dos alimentos básicos em Guarapuava não apresentou grande variação.
Segundo Luci, se persistir a queda nos preços dos alimentos, se comparado ao cenário de 2016, a tendência de queda da inflação tende a persistir. Em média os alimentos subiram, em 2017, em terno de 3%, contra 16,8% em 2016. “Quem não se lembra do alto preço do feijão, que num único mês aumentou em média 40% ou do tomate que chegou a quase R$ 9,00 por quilo”?
Segundo a pesquisa da Unicentro, em 2016, o clima ruim pressionou os preços de produtos básicos na cesta de consumo, como arroz, feijão, leite. Mas, desde o segundo semestre de 2017 os preços dos alimentos vêm caindo. A cesta básica de alimentos consome aproximadamente 30% do orçamento familiar por isso tem um impacto importante na variação da inflação. Se continuar a tendência de queda dos preços do grupo de alimentação e permanecendo os demais preços constantes a tendência é de que a inflação em 2018 fique abaixo da meta que é de 4,5% contudo não inferior a 2,95% que foi a inflação de 2017. Em 2018, o cenário econômico caracterizado pela queda dos preços internacionais dos alimentos, aumento da produção interna e taxa de câmbio favorável somada ao clima favorável (sem El Niño), tendem a influenciar nos preços mais favoráveis dos alimentos Em Guarapuava, no mês de fevereiro a maioria dos preços médios dos alimentos que compõe a cesta básica permaneceu constante. As variações dos produtos que apresentaram oscilações ficaram na faixa média de 1,122%. Os gráficos abaixo mostram a tendência de oscilação de preços de janeiro a fevereiro/2018.