Venda de Cleo para time chinês pode gerar dinheiro para o Batel e GEC

A venda do jogador Cleverson Gabriel de Cordova (Cléo) para o Guangzhou Evergrande, da China, pode render um bom dinheiro para dois clubes de Guarapuava. A Associação Atlética Batel e o Guarapuava Esporte Clube estão reivindicando judicialmente 5% do valor da transação do atacante para a equipe chinesa, conforme prevê a lei esportiva de transferências internacionais.

De acordo com o presidente do GEC, Jacir Queirós, o passe de Cléo custou em torno de 4 milhões de euros. “Ou seja, cerca de R$ 200 mil euros, ou o equivalente a R$ 480 mil deverá ser repassado e dividido entre os clubes formadores do atleta”, afirmou Queirós à RSN. Segundo o presidente do alvi-negro, o Guarapuava será habilitado a receber proporcionalmente por ter formado Cléo por um período de sete meses.

O diretor do Batel, Sergio Leocádio Miranda, o Ratinho, disse que o clube foi procurado por um advogado de São Paulo, especializado nesse tipo de ação. “O Cléo começou nas escolas de base do Guarapuava e se profissionalizou no Batel”, observa Ratinho.
Cléo começou atuando no GEC e a primeira equipe profissional foi a Associação Atlética Batel. Nos campos, conseguiu projeção profissional Comercial de Ribeirão Preto e logo foi negociado com o português Olivais Moscavide, em 2004.
Após apenas 13 jogos, tendo marcado 7 gols, retornou ao Brasil, por causa de problemas com seu visto de trabalho, quando passou a defender as cores do Clube Atlético Paranaense. Em seguida, foi emprestado ao extinto Ferroviária, destacando-se e retornando ao clube paranaense, onde não agradou, jogando poucas partidas. Emprestado ao Figueirense em 2005, tampouco foi aproveitado. Nesse período Cléo normalizou a sua situação e retornou ao Olivais, com o qual ainda tinha contrato.
Na primeira temporada no clube português, marcou apenas 4 gols em 28 jogos. Na temporada seguinte deu a volta por cima e se tornou o artilheiro da equipe. O destaque provocou a sua transferência ao Estrela Vermelha em 2008, emprestado.
Após uma temporada no clube, marcando 8 gols em 20 partidas, foi vendido pelo Olivais ao arquirrival Partizan Sua transferência para a equipe causou escândalo na Sérvia. Foi o primeiro jogador em 20 anos a jogar pelos dois clubes consecutivamente e, dos 12 jogadores que já atuaram nos dois principais rivais do futebol sérvio, Cléo é o único estrangeiro. Essa venda gerou um escândalo e Cléo foi até ameaçado de morte por deixar o clube”, comenta Ratinho.
No Partizan, se transformou em herói da torcida. Foi artilheiro da equipe na temporada 2009/1010 e, no começo de 2001 por ter uma atuação decisiva para as classificações da equipe à fase de grupos da Liga dos Campeões da UEFA, marcando oito gols em seis partidas nas fases preliminares. Na fase seguinte, porém, o time foi eliminado com seis derrotas em seis partidas, tendo somado apenas dois gols, ambos marcados por Cléo. Seu bom desempenho lhe renderia propostas de naturalização com a intenção de fazê-lo atuar pela seleção serva. Mas em fevereiro deste ano foi contratado pelo Guangzhou Evergrande, da China. E é essa transação que ainda pode gerar recursos para o Guarapuava Esporte Clube e para a Associação Atlética Batel.