De acordo com dados da Pesquisa Mensal do Comércio, divulgada nesta terça feira (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o consumo das famílias segue em recuperação no Paraná. As pesquisas comprovam um avanço de 4,8% nas vendas do varejo em janeiro na comparação com o mesmo período do ano passado.
Ainda de acordo com os dados as vendas cresceram principalmente entre bens duráveis, como móveis e eletrodomésticos, com aumento de 15% na comparação com o janeiro do ano passado. As vendas de veículos, motocicletas, partes e peças aumentaram 9,3% e de material de construção, 8,9%.
A comercialização de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria e cosméticos aumentaram 8,5% na mesma base de comparação. As vendas de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebida e fumo subiram 1,1%.
A recuperação da renda e a melhora na economia estão estimulando compras que foram adiadas durante a crise, explica o diretor-presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico Social (Ipardes), Julio Suzuki Júnior. “Móveis, eletrodomésticos e automóveis, que tiveram a vida útil prolongada por conta da crise, agora começam a ser substituídos”, diz.
As famílias também estão menos endividadas e têm controlado mais o orçamento. “O crédito, em termos de volume, está praticamente estável, o que mostra que há uma preocupação em não aumentar o endividamento”, explica Suzuki.
Com o crescimento do crédito imobiliário, principalmente no fim dos anos 2000, muitas famílias comprometeram parte do orçamento com o financiamento da casa própria. “Trata-se de uma despesa de longo prazo, que restringe o orçamento. Mas com o aumento da renda, aos poucos, sobra espaço para contratação de mais crédito” disse.
A recuperação das vendas do comércio começou no ano passado. O setor teve o primeiro resultado positivo em dois anos, com crescimento de 4% em relação a 2016. A projeção para 2018 é que o consumo siga com números positivos nos próximos meses, resultado principalmente da recuperação da geração de emprego e renda. “Renda familiar, crédito e consumo caminham juntos”, diz o diretor-presidente do Ipardes.
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