Vendedores de cachorro quente são autuados e proprietários exigem explicações

Na tarde de segunda-feira, funcionários da fiscalização da prefeitura municipal autuaram dois carrinhos de cachorro-quente, situados à rua XV de novembro, um deles localizado dentro da Praça Cleve e outro em frente ao edifício da faculdade Guairacá. Os proprietários informaram que os funcionários da prefeitura determinaram que ambos deveriam ser retirados dentro do prazo de 24 horas, prazo que expirou ontem, por volta das 17h, porém ninguém compareceu para remover os carrinhos que continuavam no mesmo local.

O fato levantou muitas perguntas ainda sem resposta, segundo denúncia de um dos proprietários dos carrinhos autuados, os fiscais que lavraram as notificações não informaram nenhum motivo para tomarem tal atitude. Segundo ele, quando chegou para remover o seu carrinho na tarde de terça-feira, antes do término do prazo fornecido pelos funcionários municipais, o local já se encontrava lacrado, fato que o levou a fazer um boletim de ocorrência, junto a polícia militar, contra o funcionário que realizou o procedimento, por entender que isso se tratava de abuso de autoridade. Durante a tarde desta quarta-feira, o mesmo proprietário, na presença do seu advogado, levou o caso a conhecimento do ministério público.

O proprietário do carrinho em frente à faculdade Guairacá, também lacrado antes do término do prazo de remoção, buscou informações sobre o fato no setor de fiscalização da prefeitura, porém não foi atendido. Na manhã desta quarta-feira, porém, recebeu autorização verbal para voltar a trabalhar, no entanto, não foi dada nenhuma garantia de que não haverá outros inconvenientes.

O responsável pelo setor de fiscalização da prefeitura municipal foi procurado pela REDE SUL para esclarecer a situação, mas não foi encontrado.

Na corda bamba
Insegurança é a palavra para resumir a situação que vive os proprietários dos carrinhos de cachorro-quente em Guarapuava. Embora muitos deles estejam a mais de uma década nos pontos onde trabalham, com toda a documentação exigida em mãos, constantes boatos de remoção tiram o sossego dos vendedores. Há pouco tempo, alguns vendedores que trabalhavam no parque do lago foram retirados e há boatos de que outros ainda serão autuados pelos fiscais.