A partir desta quinta (3), os agentes de endemias da Vigilância Ambiental de Guarapuava iniciam as ações de bloqueio químico contra o mosquito Aedes aegypti em bairros da cidade. A equipe tem o objetivo de impedir a proliferação do mosquito, principalmente em bairros com altos registros de focos.
De acordo com a chefe de Divisão da Vigilância Ambiental de Guarapuava, Sabina Curi, o órgão está avisando para não causar alerta à comunidade.
Estamos seguindo uma norma do Ministério da Saúde. Então, a população não precisa se assustar. Esse trabalho preventivo vai ajudar a combater o mosquito e diminuir os riscos de termos um surto de doenças, como dengue, zika e chikungunya.
O bloqueio químico consiste na aplicação de inseticida com bomba-costal motorizada para eliminar o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. Conforme a Vigilância Ambiental, o trabalho deve diminuir de forma significativa os riscos de contaminação, e além disso, garante a saúde e o bem-estar da população.
DADOS
De acordo com o último Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa), o índice de infestação na cidade ainda é baixo. Mas a preocupação se deve aos casos importados e à presença do vetor que, com altas temperaturas das próximas estações, se multiplica rapidamente. Até julho a equipe encontrou 167 focos do vetor.
O período sazonal 2022/2023 da dengue no Paraná, iniciado em 31 de julho do ano passado, chegou ao fim. Durante esses 12 meses, Guarapuava registrou 18 casos positivos de dengue e 170 notificações da doença. Isso representa um aumento de 100% em relação ao período anterior (2021/2022), que apresentou nove confirmações, conforme os dados.
O trabalho de bloqueio químico deve iniciar por borracharias, cemitérios e desmanches, em bairros com casos suspeitos notificados. Mas a prefeitura afirmou que ainda vai definir os primeiros bairros que vão receber a atuação da equipe.
Com a utilização de pulverizadores Ultrabaixo Volume (UBV), os agentes fazem o bloqueio que atinge o mosquito já na fase adulta. O trabalho de pulverização de inseticida ocorre com o auxílio da bomba costal nos locais com maior circulação de vírus, após análise de notificações de casos.
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