22/08/2023
Guarapuava Região Saúde

Vigilância Sanitária já confirmou 115 casos de dengue em Pitanga

O número de casos confirmados pela Secretaria Estadual de Saúde teve aumento de 161,54%. Sendo que 41 casos são do Distrito Vila Nova dos Alemães

Mosquito da Dengue

Mosquito da Dengue

Mosquito da Dengue

Há notificação de 162 casos de dengue em Pitanga (Imagem: jcomp/Freepik)

A Secretaria da Saúde de Pitanga já confirmou 115 casos de dengue desde agosto de 2021. De acordo com a coordenadora da Vigilância Sanitária Corinne Lealdino, há 162 notificações e dos casos confirmados, 41 são do Distrito Vila Nova dos Alemães.

Como área de maior risco no município temos o bairro Pitanguinha, cerca de mais de 30 casos são de moradores deste bairro. Porém, já temos casos confirmados em todos o município.

Nessa terça (29), as equipes fizeram orientação e vistoria em diversos bairros de Pitanga com o objetivo de orientar os moradores sobre os perigos da água parada. Como também, fiscalizar locais de proliferação do mosquito Aedes aegypti.

Na tarde desta quarta (30) ocorre a aplicação de inseticida para controle de mosquito em todo o município. De acordo com a Prefeitura, o componente utilizado não é prejudicial às pessoas. Por isso, os moradores devem manter os animais presos e os portões e janelas das casas abertas para receber a equipe de aplicação.

Contudo, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) notificou até o momento 68 casos em Pitanga. Um aumento de 223.81% em relação a semana passada. Isso porque, a Sesa demora mais tempo para confirmar os números. Entre estes 68, há 34 confirmados, 13 descartados e 21 investigados.

Além disso, 31 casos são autóctones, ou seja 91.18% foram adquiridos na própria cidade. Isso indica que o vírus está circulando pelo município. Desde a última terça (22) quando o município registrou 13 confirmações, o aumento foi de 161,54%. Agora, há 34 confirmações em Pitanga pela Sesa. Os dados ainda mostram que 181,4% dos casos são prováveis de confirmação.

(Foto: Vigilância Sanitária/Prefeitura de Pitanga)

PREVENÇÃO

Como atividades para controle dos casos, em Pitanga, há o programa “Volta às aulas sem dengue” que coletou mais de seis toneladas de resíduos, promovendo a limpeza de boa parte da cidade. Além disso, as agentes comunitárias de endemias fazem a inspeção de casas e terrenos, a remoção dos focos de larva do mosquito e tratamento com larvicida quando recomendado.

Assim, a coordenadora explica que a Vigilância Sanitária orienta a população para a manutenção do ambiente livre de criadouros e que as atividades se intensificaram com o aumento de casos.

Isso ocorre, principalmente, na área onde o paciente positivado mora, em um raio atingindo cerca de nove quadras ao redor da residência. Desse modo, há aplicação de inseticida com bomba costal motorizada, para eliminação dos mosquitos adultos possivelmente contaminados nessa mesma área.

5ª REGIONAL DE SAÚDE

Os dados do 31º Informe Epidemiológico, mostram que na 5ª Regional de Saúde, com sede em Guarapuava, há 44 casos confirmados e 36 em investigação. As confirmações ocorreram em Pitanga (34), Laranjeiras do Sul (4), Nova Laranjeiras (4), Marquinho (1) e em Prudentópolis (1).

Além dos 21 investigados em Pitanga, há quatro suspeitos em  Guarapuava, quatro em Candói, três em Laranjeiras do Sul, dois em Nova Laranjeiras, um em Prudentópolis e um em Cantagalo. O vírus da dengue presente em Laranjeiras do Sul e Pitanga é do sorotipo 1.

Ainda não notificaram casos na 5ª Regional, os municípios de Boa Ventura de São Roque, Campina do Simão, Foz do Jordão e Goioxim. Bem como Palmital, Porto Barreiro, Reserva do Iguaçu, Rio Bonito do Iguaçu e Turvo.

NO PARANÁ

Desde o novo período sazonal, que teve início no dia 1º de agosto de 2021 e deve seguir até julho de 2022, o Paraná registrou duas mortes pela doença. Além disso, até o momento são mais de 42 mil casos notificados.

A morte divulgada nesta semana trata-se de um homem de 68 anos, morador de Arapongas, município de abrangência da 16ª Regional de Apucarana. A primeira morte ocorreu em Nova Esperança, Região Noroeste do Estado. Era um paciente com 58 anos de idade e com comorbidade.

Conforme as informações da Sesa, só na última semana houve um aumento de 77% de casos confirmados e mais de 81% de casos autóctones. Dessa forma, alerta a comunidade para o combate à proliferação do mosquito Aedes aegipty, transmissor da zika, chikungunya e dengue, doenças chamadas de arboviroses, sendo a última endêmica em todo o Paraná.

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Antunes

Jornalista

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