22/08/2023

Vim. Vivo. Venci

imagem-17018

Por Marcio Fernandes – Circulando 11 

Circulando 11  – Hoje, não me ocuparei do prefeito de Guarapuava, ainda que ele tenha protagonizado duas barbaridades nos últimos dias – uma das quais ao chamar todos os corretores imobiliários da cidade de ´especuladores´. Igualmente não me deterei no titular do e-mail nandocarli@hotmail.com, também conhecido por ´Mintendi´, já que o mesmo parece ter se recolhido à sua (in)significância e real expressão. Hoje, falarei do dia em que derrotei uma operadora de telefonia celular, como se este texto fosse uma singela mensagem de esperança a todos aqueles usuários que são mal tratados por estas empresas.
Pois conto o seguinte: no final de maio passado, recebi uma mensagem eletrônica de um representante da referida operadora, finalmente reconhecendo o erro em querer me cobrar uma taxa de R$ 120, aproximadamente. Em novembro do ano passado, eu havia contratado o serviço de Internet móvel da empresa, com a promessa de que a tal cobertura 3G (conexão de alta velocidade) funcionaria em toda a zona urbana de Guarapuava. A informação era falsa e, em meu bairro, o Santa Cruz, mal estava disponível uma rede de baixa velocidade. Ao término do contrato inicial de três meses (tempo mínimo exigido pela empresa), solicitei o cancelamento do serviço.
E não é que a concessionária de celulares não fez a interrupção do contrato? A partir daí, começou o martírio, com aquelas cartinhas de cobrança chegando seguidamente em minha residência. Na loja local da operadora, ao longo das semanas seguintes, a equipe de funcionárias sempre atendeu com eficiência mas nada do estorno dos R$ 120 pela central da empresa, em São Paulo. Um dia, depois de muita (mesmo) espera no serviço 0800, consegui explicar a situação ao atendente, que chegou a confirmar que, em parte de Guarapuava, a 3G era uma balela. Tenho isto gravado em CD, já que a companhia fornece cópias das ligações quando solicitada.
Outras ligações e visitas à filial local da operadora se seguiram até que, em 27 de maio de 2010, a porta da esperança se abriu: às 14h27 daquele dia, entrou em minha caixa postal eletrônica uma mensagem na qual o poderoso conglomerado de telefonia celular reconhecia a cobrança indevida. Deu até vontade de imprimir o documento e emoldurar.
É, eu sei que pode ser algo bobo contar isso aqui (especialmente se levarmos em conta o valor em questão, de R$ 121,20 precisamente), mas avaliei que seria pertinente partilhar isso com os leitores desta Rede Sul de Notícias (RSN), como um estímulo contra a espoliação que certas vezes as operadores gostam de aplicar em seus clientes. Deu trabalho vencer a concessionária, mas valeu a pena. Afinal, sou brasileiro e não desisto nunca, como diria a sabedoria popular.
Por hoje, é só. Em breve, eu volto, abordando a preocupação do chefe do Executivo de Guarapuava com as crianças da cidade, oferecendo-lhes a oportunidade de apreciar os jardins nas vias públicas. Pena que, para chegarem lá, elas precisam se expor aos (muitos, centenas deles, milhares provavelmente) buracos das ruas. Aliás, fica a curiosidade: a rua onde o prefeito mora é esburacada?

* Morador de Guarapuava. E-mail: marciorf@globo.com  (Crédito foto:Miroslav Tichy )

Cristina Esteche

Jornalista

Relacionadas

Este post não possui termos na taxonomia personalizada.

A missão da RSN é produzir informações e análises jornalísticas com credibilidade, transparência, qualidade e rapidez, seguindo princípios editoriais de independência, senso crítico, pluralismo e apartidarismo. Além disso, busca contribuir para fortalecer a democracia e conscientizar a cidadania.

Pular para o conteúdo