22/08/2023



Segurança

Vinte empresas são parceiras do semiaberto

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Guarapuava – A parceria entre vinte empresas da cidade e Secretaria de Estado da Justiça e da Cidadania está garantindo o pleno funcionamento do Centro de Regime Semiaberto de Guarapuava (CRAG). Atualmente, a metade dos 300 internos está trabalhando em canteiros externos, mas para que consigam o benefício passam por avaliações psicológicas, por um período de até 60 dias.
“Quando chegam à unidade, nos primeiros dias não trabalham, pois passam por um período de triagem, por cerca de 30 dias. Depois são encaminhados para os canteiros internos e só após 60 dias é que começam a trabalhar nos canteiros externos, mas somente aqueles que têm condições. Internos com problemas de drogadição ou álcool não são encaminhados, assim como os internos que estão em tratamento”, explica o Diretor do CRAG, Roberto Lopes Silvestri (foto). Além desses fatores, também é analisada a localidade onde o crime aconteceu e a localidade onde a família do preso reside.
Quem não consegue trabalho nos canteiros externos normalmente são os presos que são de outros municípios. “É que a portaria deles é diferente da portaria dos internos que são de Guarapuava. Eles podem sair a cada 60 dias para ver a família, com saída às quartas e retorno nas sextas, dias úteis que acabam atrapalhando a contratação. Para essas localidades há poucas linhas de ônibus, o que também prejudica. Nesses casos, eles trabalham nos canteiros internos”, observa Silvestri.
Duas empresas mantêm atividades no Semiabeto, a Fungivara e a Pólo Sul, uma das remanescentes do pólo calçadista da cidade. “Aqui são fabricados a parte de cima do calçado (cabidal) e o solado é feito na PIG (Penitenciária Industrial de Guarapuava) para concluir a produção. Essas vagas são preenchidas por internos de fora de Guarapuava. Mas a crise econômica prejudicou o andamento dos trabalhos, não acabou com os canteiros que nós tínhamos, mas deu uma diminuída na produção e impediu que novos canteiros já contatados fossem instalados”, fala a vice-diretora do Semiaberto, Vanessa Rodrigues, destacando que o Centro de Regime Semiaberto de Guara-puava é referência nacional ao cum-prir na prática os princípios preconi-zados.
“Nós somos destaque no estado ao oportunizar realmente a integra-ção dos internos com a sociedade. Alguns dos internos, quando saem para o regime aberto, continuam trabalhando nas empresas”, completa.

Cristina Esteche

Jornalista

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